No dia de ontem (31), a última grande decisão da superquarta foi tomada pelo Banco Central brasileiro, que reduziu a Taxa Selic para 11,25% a.a.
Em seu comunicado, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,25% a.a., e disse que “entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025.”

Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, analisou exclusivamente para a BM&C News a decisão do Copom e disse que o comunicado do Banco Central veio para dizer que eles seguem resilientes no combate à inflação. Inclusive, enfatizam que o processo de desinflação é um processo que tende a ter uma dinâmica mais lenta agora.
Jorge ainda completa dizendo que mesmo que o mercado vem há forçando para que o Banco Central pudesse acelerar o corte de juros, no comunicado, mais uma vez fica claro que essa não é a intenção da autoridade monetária. A intenção é manter o compromisso com a convergência da inflação para a meta e seguir cauteloso.
Qual o tom que o Banco Central quer passar?
No fim, o especialista comentou sobre o recado que o BC brasileiro quer passar e também comparou a situação aqui com as decisões do FED, nos Estados Unidos, também nesta quarta-feira (31). ” O Banco Central deixa o recado de que talvez este não seja o momento para acelerar o processo de flexibilização monetária. E para contribuir ainda mais, a gente teve a decisão do FED hoje também, na mesma linha, uma linha mais hawkish, mais preocupada com o processo de desinflação.”