Os agricultores franceses, liderados pelo maior sindicato agrícola do país, intensificam seus protestos contra o aumento dos impostos sobre o combustível utilizado nas explorações agrícolas e o incumprimento de uma lei aprovada em 2018.
A 2º semana de protestos agrários na França

Na França, os protestos promovidos por agricultores ingressaram em sua segunda semana. Arnaud Rousseau, presidente da FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas, em francês), afirmou em entrevista à France 2 TV que os protestos estão se intensificando e devem chegar até Paris.
“Não estamos descartando nenhuma opção”, disse Rousseau, delineando a firmeza que o movimento está assumindo. Nascidos no sul do país, os protestos estão se espalhando por várias regiões, sinalizando um aumento da insatisfação dentro do setor.
Reclamações nos protestos dos agricultores
As queixas dos agricultores franceses estão centradas principalmente nas alterações fiscais promovidas pelo governo. Segundo eles, o reajuste dos impostos sobre o combustível utilizado em suas atividades é uma violação dos seus direitos.
A outra principal demanda é referente ao descumprimento de uma lei aprovada em 2018. Esta lei garantia que qualquer aumento nos custos de produção seria absorvido pela cadeia de agroalimentares através de negociações comerciais. No entanto, os agricultores alegam que a medida ainda não saiu do papel.
Impacto na União Europeia
Ao mesmo tempo, os agricultores também estão solicitando apoio financeiro para cumprir as metas ambientais impostas pela UE (União Europeia). Eles acusam que não receberam os subsídios que deveriam ter sido repassados pelo bloco em 2023. A ausência deste suporte financeiro dificulta a adaptação das práticas agrícolas às exigências ambientais.
As manifestações dos agricultores franceses estão, progressivamente, ultrapassando as fronteiras do país e se espalhando por outros países membros da União Europeia. A situação exige uma atenção redobrada, uma vez que pode desencadear um efeito dominó em toda a cadeia agrícola européia.
Com os protestos se intensificando e ganhando força, a França se encontra em uma encruzilhada: encontrar uma solução que satisfaz tanto os agricultores quanto os anseios de modernização e sustentabilidade da produção agroindustrial.