O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou na última sexta-feira (19) a rejeição total às condições do Hamas para encerrar a guerra e libertar os reféns capturados durante o conflito em Gaza. As exigências do grupo incluíam a retirada completa das forças israelenses da região e a permanência do Hamas no comando de Gaza. Sami Abu Zuhri, alto oficial do Hamas, chegou a afirmar que a negativa do líder israelense faria com que os prisioneiros não tivessem chances de retorno, o que reacende o clima de tensão entre as partes.
Netanyahu adota postura firme e rejeita termos do Hamas

Netanyahu rejeitou categoricamente as exigências e afirmou: “Rejeito totalmente os termos de rendição dos monstros do Hamas”. As declarações fortaleceram a postura mais rígida que o primeiro-ministro tem adotado em relação à questão palestina. Os Estados Unidos, Qatar e Egito intermediaram um acordo que resultou na libertação de mais de 100 reféns capturados na Faixa de Gaza em outubro de 2023, em troca da liberação de 240 palestinos detidos nas prisões israelenses. Porém, ainda existem 136 reféns não libertados, o que tem aumentado a pressão sobre Netanyahu.
Netanyahu e o futuro do Estado Palestino
O futuro do Estado Palestino tem sido outro ponto de grande discussão. Durante a conversa com o presidente dos EUA, Joe Biden, o líder israelense foi incisivo ao dizer que não abriria mãos do controle total israelense em território a oeste do rio Jordão. Netanyahu reagiu de forma resistente às sugestões de Biden, que acreditava que a criação de um Estado independente palestino poderia ser o caminho para a paz, mesmo que fosse um governo não militarizado.
Pressões internas e internacionais de Israel x Hamas
Apesar das pressões internacionais para a mudança dessa posição, Netanyahu afirmou que a insistência no controle total foi o que impediu a formação de um Estado Palestino que representaria “um perigo existencial para Israel”. As informações recentes de que Israel teria encontrado o cativeiro onde o Hamas manteve alguns dos sequestrados durante o conflito aumenta ainda mais o clima de tensão na região. As próximas movimentações de Netanyahu e como lidará com a pressão internacional ainda estão por se desvelar.