Na última sexta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro, durante uma conversa realizada no Rio de Janeiro, mencionou a possibilidade de uma “implosão do partido” devido a “declarações absurdas”. A situação teve como pivô uma fala do dirigente Valdemar Costa Neto, que chegou a elogiar o presidente Lula.
As declarações que incomodaram Bolsonaro

Durante o diálogo com seus apoiadores, Bolsonaro foi questionado sobre a força do PL nas próximas eleições. Em sua resposta, Bolsonaro fez menção a um problema enfrentado na semana passada e afirmou: “Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular’. Manda ele tomar um [cachaça] 51 ali na esquina ali. [Lula] Não vem”. Apesar de não ter mencionado nomes, é importante notar que na semana passada circulou um vídeo editado de uma entrevista de dezembro de Valdemar Costa Neto, onde o dirigente elogia o presidente Lula.
A repercussão das declarações
O vídeo, que não inclui os elogios feitos por Valdemar a Bolsonaro, gerou bastante repercussão, especialmente nas redes sociais. Aliados do dirigente do PL acreditam que o vídeo foi uma ação planejada por adversários políticos com a intenção de criar um racha entre Bolsonaro e Valdemar. Valdemar, por sua vez, classificou o vídeo como “fake”, alegando que a edição tirou suas declarações de contexto. Além disso, ele atribuiu a repercussão do vídeo à atuação do PT, mas minimizou o episódio, afirmando que Bolsonaro nem entrou em contato com ele por causa disso.
No término das falas presentes no vídeo, Valdemar declarou que Lula não tem comparação com Bolsonaro e que o ex-presidente petista é supremamente diferente do político atual, afirmando que “o Lula é completamente diferente do Bolsonaro”. A polêmica revela algumas das tensões existentes dentro do PL e demonstra quão delicado pode ser o relacionamento entre Bolsonaro e outros membros do seu partido. O desfecho dessa história e o impacto que essa situação poderá ter na política brasileira nos próximos meses ainda é incerto.