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Início Análises

Ata do Fed marca virada de ciclo e reforça foco na preservação do emprego

Por Renata Nunes
8 de outubro de 2025
Em Análises, estados unidos, Internacional, Investimentos, Mundo
Ata do Fed reconhece perda de força no mercado de trabalho americano

Fed corta juros, mas reforça que inflação ainda impede trajetória de afrouxamento acelerado. Foto: depositphotos.com / steveheap

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A ata da reunião do FOMC de setembro, divulgada nesta quarta-feira (8), trouxe uma mudança de tom na condução da política monetária dos Estados Unidos. Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) decidiram reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4% e 4,25%, citando aumento dos riscos de enfraquecimento no mercado de trabalho e sinais de que a atividade econômica perdeu fôlego no primeiro semestre de 2025.

O documento mostra que, embora o desemprego siga baixo e a inflação ainda esteja acima da meta, o Comitê avalia que os riscos entre as metas de emprego e inflação, ficaram mais equilibrados. A ata destaque que “o crescimento econômico moderou” e que o mercado de trabalho deixou de ser descrito como sólido, passando a refletir um ambiente de contratações mais fracas e aumento gradual da taxa de desemprego.

“Em sua análise da política monetária nesta reunião, os participantes observaram que a inflação havia subido recentemente e permanecido relativamente elevada, e que indicadores recentes sugeriam que o crescimento da atividade econômica havia se moderado no primeiro semestre do ano. Embora os participantes tenham notado que a taxa de desemprego permaneceu baixa, observaram que ela havia subido ligeiramente e que o crescimento do emprego havia desacelerado. Além disso, avaliaram que os riscos de queda para o emprego haviam aumentado. Nesse contexto, quase todos os participantes apoiaram a redução da meta para a taxa básica de juros em 1/4 de ponto percentual nesta reunião.”

Mercado de trabalho perde tração e revisões mostram fraqueza maior

Um dos principais destaques da ata foi o reconhecimento de que o mercado de trabalho vem se enfraquecendo há mais tempo do que os dados iniciais indicavam. Segundo o documento, o Bureau of Labor Statistics (BLS) revisou para baixo em mais de 900 mil empregos o número de postos criados entre abril de 2024 e março de 2025, apontando que a desaceleração já vinha ocorrendo de forma mais intensa.

A taxa de desemprego subiu para 4,3% em agosto, e a criação líquida de vagas se manteve fraca em julho e agosto. A ata cita ainda que salários crescem em ritmo mais contido, alta de 3,7% em 12 meses, e que indicadores como taxa de desligamentos voluntários e de contratações mostram menor dinamismo do mercado. O documento menciona preocupação com a queda da imigração líquida e o envelhecimento da força de trabalho, fatores que reduzem a oferta de mão de obra e tornam o equilíbrio do mercado mais sensível a mudanças no crescimento econômico.

Inflação segue acima da meta, mas efeitos das tarifas foram menores

Em relação à inflação, a ata confirmou que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) acumulou alta de 2,7% em 12 meses até agosto, enquanto o núcleo, que exclui energia e alimentos, ficou em 2,9%. O texto ressalta que as tarifas aplicadas no início do ano contribuíram para elevar preços, mas que o impacto foi “mais contido do que o previsto anteriormente”.

Alguns dirigentes observaram que ganhos de produtividade e queda nos custos de insumos podem ter suavizado as pressões de preços. No entanto, a maioria ainda vê riscos de alta persistentes, especialmente se a inflação continuar acima de 2% mesmo após o arrefecimento dos efeitos das tarifas. Parte dos participantes também alertou que expectativas de inflação de longo prazo precisam permanecer “firmemente ancoradas” para evitar que a percepção pública de preços descontrolados dificulte o retorno à meta.

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Por outro lado, alguns membros do FOMC avaliaram que, sem o impacto das tarifas, a inflação já estaria próxima da meta e que as condições atuais não exigiriam política monetária tão restritiva. O tema dividiu o Comitê, reforçando o caráter delicado da calibragem dos juros neste ciclo.

“Em relação às perspectivas para a inflação, os participantes, em geral, esperavam que, dada uma política monetária adequada, a inflação seria um pouco elevada no curto prazo e retornaria gradualmente a 2% posteriormente. Alguns participantes observaram que contatos comerciais indicaram que aumentariam os preços ao longo do tempo devido aos maiores custos de insumos decorrentes de aumentos de tarifas. Permaneceu a incerteza sobre os efeitos inflacionários do aumento de tarifas deste ano, embora a maioria dos participantes esperasse que esses efeitos se concretizassem até o final do próximo ano.”

Atividade moderada e consumo mais seletivo

O Fed observou que o PIB cresceu em ritmo mais fraco no primeiro semestre, com perda de força no consumo e nos investimentos. A ata mostra que as famílias estão mais sensíveis aos preços e que o consumo vem sendo sustentado principalmente por faixas de renda mais altas, enquanto o endividamento pressiona os segmentos de menor renda. O setor de habitação continua enfraquecido, e o investimento corporativo se mantém concentrado em tecnologia e automação.

No cenário internacional, o Comitê registrou a desaceleração de economias como Canadá e partes da Ásia, impactadas pelas tarifas dos EUA e pela queda nas exportações industriais. A inflação segue próxima das metas em economias avançadas, mas continua elevada em Brasil, México e Reino Unido. Na China, o problema é o oposto: inflação muito baixa e crescimento mais fraco.

Comitê reforça tom equilibrado e admite divergências internas

Quase todos os membros votaram pelo corte de 0,25 p.p., mas o recém-empossado governador Stephen Miran votou por uma redução de 0,50 p.p.. Ele argumentou que o enfraquecimento do mercado de trabalho é mais pronunciado do que os dados mostram e que a taxa neutra de juros caiu por causa do aumento das receitas tarifárias e da menor imigração, fatores que elevam a poupança nacional e reduzem o potencial de crescimento.

Apesar da divergência, o colegiado concordou em manter a comunicação de que a política monetária não segue um curso pré-definido e que novas decisões dependerão dos indicadores de inflação e emprego. A ata destaca que os dirigentes reconhecem o risco de afrouxar demais e reacender a inflação, mas também o perigo de manter juros altos por muito tempo e causar uma desaceleração mais severa.

Mercado avalia divergência entre dirigentes sobre ritmo dos cortes

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a ata do Fed revelou uma divisão maior entre os dirigentes sobre os próximos passos da política monetária do que o mercado antecipava. Segundo ele, embora haja quase consenso em torno de um novo corte em dezembro, a discussão sobre a reunião de outubro segue aberta, com cerca de nove membros do Comitê ainda reticentes quanto à necessidade de reduzir juros novamente. “O mercado parece ignorar essa divisão”, observa, lembrando que as expectativas de corte de juros no CME Group já atingiram 92,5%, indicando forte aposta em nova redução.

Cruz destaca que o documento reforça a percepção de que a inflação parou de caminhar em direção à meta e vem subindo desde abril, enquanto a maioria dos dirigentes reconhece sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho. Para ele, o discurso central do Fed não deve mudar, mantendo a linha de que a inflação convergirá gradualmente à meta no longo prazo e que as expectativas permanecem ancoradas, embora a taxa deva ficar mais alta nos próximos meses por efeito das tarifas. “O Comitê deve justificar novos cortes com base na perda de fôlego do emprego”, conclui, avaliando que o cenário mais provável ainda contempla um corte em outubro e outro em dezembro.

Mais análises sobre a ata

As análises dos especialistas ouvidos pela BM&C News convergem para a leitura de que a ata do Federal Reserve marca uma mudança de ciclo na política monetária americana, em meio à desaceleração do mercado de trabalho e à moderação da inflação. Segundo Bruno Yamashita, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, o documento reforça que o Fed começou a priorizar os riscos de enfraquecimento do emprego, após sucessivas leituras mais fracas de mercado de trabalho e uma inflação que segue próxima de 3%, ainda acima da meta de 2%.

Já João Kepler, CEO da Equity Group, avalia que o movimento representa uma fase de reorganização da liquidez global, com impactos diretos sobre o crédito corporativo e o custo de financiamento internacional. Na visão dele, uma política monetária mais branda tende a destravar operações de longo prazo, aliviar pressões cambiais e favorecer empresas brasileiras que buscam alongar dívidas e financiar expansão. Para Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, a ata mostra uma virada estrutural no foco do Fed, que agora busca preservar a atividade e o emprego em vez de conter a inflação “a qualquer custo”. Ele ressalta que um Fed menos agressivo tende a restaurar a confiança nos fluxos de capital e reabrir espaço para novos investimentos produtivos e em inovação, mas adverte que o novo ambiente exige eficiência, governança e resultados reais, num ciclo em que o capital volta a circular, mas com maior seletividade e rigor na precificação de risco.

Próximos passos e tom de cautela

O Fed reafirmou seu compromisso em “promover o máximo emprego e estabilidade de preços” e reiterou que continuará acompanhando de perto as condições econômicas. O texto reforça que a inflação deve retornar à meta de 2%, embora o processo exija paciência e flexibilidade. O Comitê também reconheceu que os riscos permanecem elevados em ambos os lados do mandato e que qualquer decisão futura levará em conta o balanço entre crescimento, emprego e estabilidade de preços.

A próxima reunião do FOMC está marcada para os dias 28 e 29 de outubro de 2025.

Tags: AnálisesataEstados UnidosFixo
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