O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem sendo alvo de debates sobre a condução fiscal do país. Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, comentou em entrevista recente como as políticas do governo podem impactar o crescimento econômico e a confiança dos investidores. Ele ressalta que, mesmo diante de alertas do Tribunal de Contas e União, Haddad prioriza uma postura política que considera justa e inteligente.
Segundo Velloni, a principal preocupação é que o país enfrenta limites estruturais de arrecadação. “O governo já esgotou o espaço para aumentar receita sem comprometer a atividade econômica. A alternativa seria cortar gastos, mas isso ainda não está no horizonte político imediato“, afirmou o economista, explicando a visão do ministro de não tomar medidas drásticas neste momento.
Quais são os riscos fiscais apontados?
Velloni observa que a situação fiscal brasileira apresenta desafios significativos. “Sem controle adequado, os gastos públicos continuam elevados, e isso tolhe o investimento produtivo“, explicou. Ele afirma que a falta de cortes estruturais na máquina pública e a expansão de programas assistenciais podem pressionar ainda mais a inflação e a taxa de juros.
O economista ainda destaca que, apesar do fluxo de capital e de indicadores positivos no curto prazo, o cenário de médio e longo prazo requer atenção. A sustentabilidade fiscal é essencial para manter a confiança do mercado e permitir que novos investimentos cheguem ao país.
Como a política fiscal influencia a economia e o mercado?
Segundo Velloni, a política fiscal tem impactos diretos sobre o consumo, a inflação e a atratividade do país para investidores. “Quando os gastos públicos não são controlados, a carga tributária tende a aumentar e o poder de compra do consumidor é afetado“, explicou. Ele reforça que o equilíbrio entre arrecadação e investimentos é crucial para o crescimento sustentável.
Além disso, Velloni alerta que decisões políticas podem influenciar a percepção internacional sobre o Brasil. A ausência de ajuste fiscal estrutural pode gerar desconfiança e limitar a entrada de capital estrangeiro, mesmo em cenários de juros atrativos.
Qual é a perspectiva para os próximos anos?
O economista acredita que o país precisa de reformas consistentes para não perder competitividade frente a pares emergentes. “Se não houver medidas estruturais, o crescimento econômico continuará limitado, e o Brasil ficará atrás de outros países com políticas fiscais mais sólidas“, disse Velloni.
Em resumo, todas as observações sobre Haddad apresentadas por Velloni indicam que, enquanto o governo mantém uma postura mais política do que técnica, os desafios fiscais permanecem. A recomendação para investidores e analistas é monitorar de perto os desdobramentos, avaliando o impacto de políticas públicas sobre o mercado, a inflação e a atratividade do país para novos investimentos.
Assista na íntegra:
Leia mais notícias e análises clicando aqui