O Ibovespa mantém um desempenho positivo, refletindo o fluxo estrangeiro que entra no mercado brasileiro. Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, a combinação de diferencial de juros atrativo e expectativas de cortes nos Estados Unidos mantém os investidores estrangeiros interessados em ações brasileiras.
Além disso, mesmo diante de um cenário inflacionário, as empresas listadas conseguem repassar parte dos custos e manter fundamentos sólidos, reforçando a confiança do mercado. O movimento mostra que o mercado prefere olhar para o potencial de valorização, ignorando parcialmente os riscos fiscais internos.
Como o fluxo estrangeiro impulsiona o mercado?
O fluxo estrangeiro é um fator determinante para a alta do Ibovespa. Velloni destaca que a entrada de aproximadamente R$ 26 bilhões recentemente fortalece o índice e melhora a liquidez. “Esse capital busca ativos de qualidade, aproveitando a diferença de juros e o potencial de retorno das empresas brasileiras“, afirma o especialista.
Enquanto isso, o mercado acompanha de perto a política monetária internacional. A expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos aumenta a atratividade do Brasil, mantendo o real competitivo frente ao dólar e estimulando a entrada de capital estrangeiro.
Qual o impacto da inflação e da política fiscal?
Apesar da alta do Ibovespa, o cenário inflacionário e a falta de controle fiscal são desafios que não podem ser ignorados. Velloni explica que a inflação tende a repassar custos para o consumidor, afetando o poder de compra. Ao mesmo tempo, o governo mantém gastos elevados próximos a pleitos eleitorais, o que aumenta a percepção de risco.
Além disso, a postura do Banco Central em manter os juros elevados a curto prazo contribui para equilibrar expectativas de inflação, mas também pode limitar parte do crescimento do mercado acionário. “O equilíbrio entre atração de capital e controle inflacionário é delicado e influencia diretamente a alta do Ibovespa“, observa Velloni.
Como os investidores devem agir?
- Monitorar o fluxo estrangeiro e o desempenho do Ibovespa.
- Acompanhar a política fiscal e monetária do Brasil e dos EUA.
- Considerar diversificação de carteira para mitigar riscos inflacionários.
- Estar atento aos fundamentos das empresas listadas, mesmo em cenário de juros elevados.
Em resumo, a alta do Ibovespa reflete a confiança de investidores estrangeiros e a resiliência das empresas brasileiras, mesmo em um contexto de inflação crescente. O acompanhamento atento do fluxo de capital, das políticas econômicas e dos fundamentos corporativos será essencial para aproveitar oportunidades e reduzir riscos no mercado.
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