O orçamento brasileiro enfrenta desafios que colocam em dúvida a credibilidade da política fiscal. Marcus Pestana, diretor-executivo do IFI, destaca que, apesar do governo aparentar cumprir a meta fiscal, medidas excepcionais geram incertezas e prejudicam a sustentabilidade das contas públicas.
Essas lacunas e exceções indicam que ajustes urgentes são necessários. Pestana alerta que, sem uma gestão responsável, o limite para estabilidade fiscal pode ser comprometido até 2027, exigindo que o próximo governo implemente reformas estruturais para garantir crescimento econômico sustentável.
Como as exceções impactam investidores e mercado?
A falta de planejamento fiscal consistente aumenta o risco para investidores. Segundo Pestana, a utilização de medidas temporárias e excepcionais para manter o equilíbrio fiscal gera volatilidade e eleva as taxas de juros, tornando o Brasil menos atraente para investimentos externos.
Além disso, a credibilidade fiscal fragilizada pode comprometer a confiança no mercado financeiro. “O ajuste fiscal não é apenas uma necessidade, mas uma condição para restaurar a confiança“, afirma o especialista, ressaltando que transparência e governança são fundamentais para um ambiente de negócios saudável.
Qual o impacto na política monetária?
O cenário fiscal incerto também influencia a política monetária. Com a possibilidade de aumento das taxas de juros para conter a inflação e estabilizar o câmbio, investidores devem considerar os efeitos sobre os investimentos. Pestana observa que, sem responsabilidade fiscal, o Banco Central pode adotar medidas mais drásticas, afetando a economia em geral.
Em resposta, é fundamental que investidores adotem estratégias cautelosas. Focar em ativos que se comportem bem em ambientes de alta volatilidade e inflação é essencial. “A diversificação é a chave para mitigar riscos“, reforça Pestana, destacando a necessidade de monitoramento contínuo do cenário econômico.
Como sustentar o crescimento econômico no Brasil?
Para alcançar crescimento econômico sustentável, o país precisa de reformas estruturais que promovam eficiência no gasto público. Pestana afirma que repensar gastos e benefícios é crucial para garantir crescimento sólido e duradouro.
Além do corte de despesas, é necessário implementar políticas que estimulem investimentos em setores estratégicos, ao mesmo tempo em que se fortalece a transparência e a governança fiscal. A responsabilidade dos líderes políticos e econômicos será determinante para restaurar a confiança de investidores e da população.
Conclusão
O futuro fiscal do Brasil depende de um compromisso sério com a política fiscal. Exceções e medidas temporárias comprometem a credibilidade, impactam investimentos e pressionam a política monetária. A adoção de reformas estruturais e transparência são essenciais para estabilizar a economia e garantir crescimento sustentável nos próximos anos.
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