O arcabouço fiscal brasileiro tem sido alvo de atenção de investidores e analistas diante de sinais de fragilidade estrutural. Recentemente, especialistas destacaram que a combinação de gastos elevados e receitas subestimadas compromete a sustentabilidade das contas públicas e a credibilidade do governo.
VanDyck Silveira e Celson Plácido avaliam o cenário e apontam desafios que podem impactar juros, câmbio e mercado de capitais. A necessidade de ajustes no arcabouço fiscal é considerada urgente para restaurar confiança e evitar riscos futuros à economia.
O que VanDyck Silveira observa sobre o arcabouço fiscal?
Segundo VanDyck, o arcabouço fiscal apresenta falhas estruturais desde sua criação. Ele aponta que o excesso de exceções, a ausência de cortes consistentes e a prática de superestimar receitas enfraquecem a regra fiscal e reduzem a confiança do mercado. “O arcabouço nasceu morto, sem credibilidade, e os gastos crescem mais rápido que as receitas“, afirma.
Silveira ressalta que o impacto desses problemas é direto sobre a inflação e as taxas de juros, tornando o custo de financiamento do governo elevado. “Quando o governo é relapso fiscalmente, quem paga a conta são os participantes do mercado financeiro“, completa.
Como Celson Plácido avalia os riscos e o legado do arcabouço fiscal?
Celson Plácido destaca que, apesar do discurso de legado sólido do ministro Fernando Haddad, o arcabouço fiscal ainda enfrenta fragilidades práticas. Ele afirma que ajustes pontuais podem ser feitos, mas que a previsibilidade das receitas e o controle das despesas continuam incertos, especialmente olhando para 2027.
Segundo Celson, sem reformas estruturais, há risco de aumento da volatilidade nos ativos financeiros, como bolsa e câmbio. “Mesmo permanecendo o governo atual, se não houver reforma, o mercado vai precificar incerteza para 2027“, alerta, enfatizando que juros e inflação podem ser impactados.
Quais são os principais desafios do arcabouço fiscal?
- Superestimação de receitas e subestimação de despesas
- Acúmulo de exceções que enfraquecem a regra fiscal
- Ausência de cortes estruturais consistentes
- Impacto sobre inflação, juros e confiança do mercado
- Riscos aumentados para 2027 caso não haja reformas
VanDyck e Celson concordam que o arcabouço fiscal precisa de ajustes concretos para restaurar credibilidade. A transparência e a previsibilidade são fundamentais para garantir estabilidade econômica e confiança dos investidores.
Como os investidores devem reagir?
Diante da fragilidade do arcabouço fiscal, os especialistas recomendam cautela. Investidores devem diversificar carteiras, focar em ativos resilientes e acompanhar de perto a execução orçamentária, políticas fiscais e potenciais reformas. “A análise cuidadosa das contas públicas é essencial para decisões estratégicas em um cenário incerto“, afirmam.
Conclusão
O panorama apresentado por VanDyck Silveira e Celson Plácido evidencia que o arcabouço fiscal brasileiro enfrenta desafios estruturais sérios. Ajustes urgentes são necessários para restaurar credibilidade, controlar gastos e garantir sustentabilidade econômica. Investidores devem monitorar políticas fiscais e reformas para proteger capital e mitigar riscos futuros.
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