O Ministério da Educação (MEC) divulgou neste mês de setembro a lista com 456 cursos de graduação que estão autorizados a funcionar em formato semipresencial. A medida integra a Nova Política de Educação a Distância e abrange bacharelados, licenciaturas e cursos tecnológicos em instituições de todo o país.
- A lista foi publicada em portarias no Diário Oficial da União (DOU)
- Cursos semipresenciais deverão ter 30% de atividades presenciais
- Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia seguem apenas presenciais
Como funciona a autorização dos cursos semipresenciais?
A publicação no Diário Oficial da União garante transparência e segurança jurídica às graduações listadas. Essa etapa funciona como uma autorização inicial, mas cada curso precisará de reconhecimento futuro para que o diploma seja válido oficialmente.
As aulas presenciais deverão ocorrer exclusivamente nos endereços já aprovados no Cadastro e-MEC, evitando irregularidades em polos não autorizados.

O que muda com a Nova Política de EaD?
O marco regulatório estabelecido pelo Decreto Presidencial n.º 12.456/2025 criou três formatos oficiais de ensino superior: presencial, semipresencial e a distância. Todos devem manter a mesma carga horária mínima.
No caso do semipresencial, as regras definem:
- 30% das atividades obrigatoriamente presenciais
- 20% em atividades virtuais síncronas (ao vivo)
- Restante em atividades assíncronas, com flexibilidade de horário
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Quais cursos não podem ser semipresenciais?
A regulamentação é clara ao proibir a oferta de determinados cursos fora do formato 100% presencial. Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia não poderão ser oferecidos nem em versão semipresencial nem em EaD integral.
A justificativa está ligada à exigência prática dessas formações, que demandam contato direto com pacientes, laboratórios e ambientes controlados para garantir a qualidade do aprendizado.
Impacto para estudantes e instituições
O avanço da modalidade semipresencial abre espaço para mais flexibilidade na formação de milhares de estudantes, especialmente aqueles que conciliam estudo com trabalho. Por outro lado, exige das instituições investimento em tecnologia, ambientes presenciais credenciados e supervisão acadêmica constante.
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O que esperar da expansão dos cursos semipresenciais?
Com a autorização, a tendência é que mais instituições solicitem inclusão de graduações nessa modalidade, ampliando o acesso ao ensino superior no Brasil. A fiscalização do MEC será essencial para garantir a qualidade e impedir irregularidades.
- Mais opções de cursos com custos reduzidos para os alunos
- Maior inclusão de estudantes que vivem fora dos grandes centros
- Necessidade de acompanhamento rigoroso para evitar diplomas inválidos