O projeto da Lei Orçamentária Anual de 2026 chegou ao Congresso Nacional, apresentando uma importante atualização no salário mínimo e planos detalhados para equilibrar as contas públicas. O salário mínimo previsto é de R$ 1.631, representando um significativo aumento de 7,44% sobre o valor atual. Esta proposta não se limita apenas à questão salarial; inclui também estratégias governamentais para melhorar as finanças públicas reduzindo a dívida nacional em um montante expressivo.
Com a meta de alcançar equilíbrio fiscal em 2025, o governo enfatiza a importância da recomposição de receitas e da eficiência nos gastos. Conforme o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, toda reforma está centrada em melhorar o orçamento de maneira consistente, menos dependente de despesas que fogem do ordinário. O foco está em ajustar a carga tributária conforme a capacidade econômica dos contribuintes, o que promoveria uma distribuição mais justa dos encargos fiscais.
Quais são as prioridades de investimento para 2026?
No que tange a alocação de recursos, o governo definiu prioridades claras. A saúde e a educação continuam no topo, com investimentos programados de R$ 245,5 bilhões e R$ 133,7 bilhões, respectivamente. O orçamento total está fixado em R$ 6,5 trilhões, com significativa parte destinada a obrigações já estabelecidas, como a previdência social, refletindo a complexidade e o peso desses compromissos no orçamento nacional. Tais investimentos são cruciais para sustentar o bem-estar social e a infraestrutura educacional do Brasil.
Desafios e ajustes no cenário econômico
O ano orçamentário de 2026 será marcado por várias especificidades econômicas. A previsão do crescimento econômico foi ajustada para 2,44%, ligeiramente abaixo do 2,5% esperado anteriormente. Essa revisão está alinhada com as novas previsões de inflação, que subiram para 3,6%, e da taxa de juros, que foi ajustada para 13,11% ao ano. Tais ajustes indicam um cenário econômico desafiador, requerendo do governo medidas equilibradas entre incentivo ao crescimento e controle inflacionário.
Como o governo planeja lidar com as receitas e despesas?

A administração pública ajustou suas expectativas em relação a receitas extras, reconhecendo a complexidade do contexto fiscal atual. Espera-se arrecadar R$ 19,8 bilhões com a redução de benefícios fiscais. Ainda que haja um otimismo, existe simultaneamente a percepção de possíveis perdas fiscais, como a previsão de uma diminuição de R$ 5,2 bilhões devido a benefícios para data centers. Este equilíbrio entre rever benefícios e enfrentar novas isenções reflete uma visão pragmática do governo para manter a estabilidade financeira.
A Lei Orçamentária de 2026 assim se configura como um reflexo robusto da intenção governamental de atingir metas fiscais e sociais ambiciosas. Com ajustes cuidadosamente projetados, a administração está preparada para navegar em um mar de desafios econômicos enquanto busca fomentar um crescimento inclusivo e sustentável. A população aguarda o resultado destas ações, que podem impactar significativamente a vivência e as condições econômicas do Brasil nos próximos anos.