A Ouro Preto Investimentos atingiu R$ 12,5 bilhões em ativos sob gestão em 2025, consolidando-se como uma das principais gestoras do país no segmento de fundos estruturados. Com 130 fundos ativos, sendo 99 FIDCs, a casa movimentou mais de R$ 30 bilhões em operações de crédito apenas no primeiro semestre do ano. O avanço acompanha o crescimento da indústria de FIDCs, que chegou a R$ 630 bilhões em patrimônio líquido em maio, superando os fundos de ações e reforçando a tendência de migração dos investidores para ativos de crédito.
Em um ambiente de juros elevados e maior seletividade bancária, os FIDCs se consolidaram como protagonistas, oferecendo menor volatilidade e maior alinhamento à economia real. O crescimento expressivo também reflete a busca de empresas por alternativas ao crédito tradicional. “Esses produtos saíram da margem para o centro da estratégia de muitas empresas e investidores. Não é apenas uma alternativa, é uma forma inteligente de financiar a economia real com estrutura, governança e performance”, afirma Leandro Turaça, sócio-gestor da Ouro Preto Investimentos.
Crescimento acelerado no mercado de FIDCs
A gestora administra hoje R$ 8,63 bilhões apenas em FIDCs e estrutura simultaneamente outros 70 fundos do tipo. Desde 2018, o número de veículos sob gestão cresceu 136,4%, acompanhando o avanço do setor, que deve alcançar R$ 1 trilhão até 2027. A atuação em crédito privado tem sido o motor da expansão, com destaque para operações de fomento mercantil multicedente e multisacado.
Portfólio diversificado e foco em economia real
Além dos FIDCs, o portfólio da Ouro Preto inclui 22 fundos multimercado, 2 FIPs voltados a startups e fintechs, além de veículos de renda fixa, fundos imobiliários e FIAGROs. Estes últimos já superam R$ 44 bilhões no mercado nacional e vêm ganhando tração como instrumentos de financiamento para o agronegócio.
Para Turaça, a evolução do portfólio mostra a sofisticação crescente do investidor brasileiro. “Estamos estruturados para escalar com segurança. O crescimento do volume sob gestão evidencia que o mercado busca cada vez mais soluções sólidas, com governança e liquidez. Nossa meta é atingir entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões sob gestão nos próximos dois anos”, afirma.
Futuro dos fundos estruturados
A consolidação dos FIDCs e de outros fundos estruturados reflete a mudança estrutural no mercado financeiro brasileiro. Com maior diversificação e governança, eles deixam de ser nicho e passam a ocupar posição central na estratégia de investidores e empresas. Para a Ouro Preto, a aposta é clara: ampliar a exposição à economia real e fortalecer sua posição como referência no setor.