Uma pesquisa inédita revela um retrato profundo das mudanças que a tecnologia, especialmente a Inteligência Artificial (IA), provoca no setor financeiro brasileiro. O levantamento foi feito pela 4U EdTech com 99 profissionais da área financeira. Os dados mostram que 97% dos agentes de mercado consideram extremamente importante aprender sobre IA. Para 94,9%, a tecnologia representa uma oportunidade concreta de crescimento e reinvenção de carreira. “Hoje, não se trata mais de perguntar se a inteligência artificial vai impactar o mercado financeiro, mas quando e em que velocidade. Quem domina essa tecnologia não só se protege de possíveis substituições, como também cria novas oportunidades de liderança dentro do banco. Essa é a virada de chave: transformar o medo da IA em vantagem competitiva”, diz Edgar Abreu, CEO da 4U EdTech.
O estudo também evidencia um descompasso entre o preparo dos trabalhadores e o das instituições: 43,5% acreditam que os bancos estão prontos para lidar com a IA, com uma média de avaliação de 3,37. O dado sugere que ainda que, embora os profissionais estejam atentos às mudanças, as organizações têm desafios estruturais, de governança e de capacitação tecnológica.

Automação com limites
Outro ponto da pesquisa é a percepção sobre o impacto da automação. Para 72,7% dos entrevistados, a IA deve substituir atividades rotineiras e repetitivas. No entanto, há um entendimento majoritário de que tarefas que exigem julgamento humano, regulação e interação interpessoal devem ser fortalecidas, e não substituídas pelo uso da tecnologia.
O temor pessoal em relação à IA ainda é moderado segundo o levantamento: 38,4% demonstraram alta apreensão, com média de 3,18. “O medo é natural, principalmente quando a narrativa sobre IA é apocalíptica. Mas o que eu digo é: não dá para lutar contra a tecnologia, o que dá é para se qualificar. Quando o profissional entende o que está por trás da IA, passa a usá-la como extensão do seu trabalho, não como ameaça. E isso só é possível com investimento sério em educação corporativa e uma governança ética dentro das instituições”, ressalta Abreu.
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