O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) indicou que pode apoiar pautas relevantes do governo no Congresso. A movimentação ocorre em um momento de debates sobre anistia e medidas fiscais que impactam diretamente a economia brasileira.
No mesmo contexto, o analista de economia e política Miguel Daoud chama atenção para o efeito das escolhas do Legislativo. Para ele, a falta de clareza nas prioridades pode comprometer a confiança do mercado e gerar incertezas fiscais. “A mediocridade na definição de prioridades compromete decisões estratégicas”, afirmou Daoud.
Quais são os riscos para o cenário fiscal?
Segundo Daoud, o Congresso desempenha papel central na condução da política fiscal. A pressão por pautas como a anistia e a correção da tabela do imposto de renda precisa ser acompanhada por responsabilidade orçamentária. Caso contrário, a instabilidade pode se refletir em maior risco fiscal e menor confiança dos investidores.
Além disso, ele observa que a execução e a negociação de propostas são tão importantes quanto a ideologia. “O Brasil enfrenta um momento em que as escolhas feitas pelo Congresso têm repercussões diretas nas finanças públicas”, destacou o analista.
Como as taxas de juros influenciam o mercado?
As taxas de juros continuam sendo um dos principais instrumentos para equilibrar a economia. Em cenários de incerteza política, a Selic ganha ainda mais relevância. Daoud lembra que as expectativas em torno da política monetária influenciam diretamente o comportamento dos agentes econômicos. Juros elevados dificultam o crédito e reduzem investimentos produtivos.
Nesse sentido, indefinições sobre as votações no Congresso podem gerar volatilidade, elevando spreads e reduzindo a previsibilidade para empresas e famílias. Assim, a relação entre política fiscal e monetária é fundamental para garantir estabilidade.
Qual o impacto macroeconômico das decisões do Congresso?
O analista destaca que a combinação de uma política fiscal desarticulada e uma política monetária restritiva pode travar o crescimento. Equilibrar contas públicas e juros é essencial para manter a economia estável. A demora na correção da tabela do imposto de renda, por exemplo, prejudica o consumo e pode agravar a estagnação.
Para Daoud, ajustes fiscais claros e coerentes são a base para reduzir desigualdades e recuperar a confiança. Sem isso, o país corre o risco de perpetuar um ciclo de incertezas e baixo crescimento.
Quais estratégias de investimento podem ser adotadas?
Em meio a esse ambiente volátil, investidores devem adotar estratégias de proteção. Daoud recomenda acompanhar de perto as decisões do Congresso e do Banco Central, buscando ativos que ofereçam defesa contra a inflação. Diversificação é outro ponto central para reduzir riscos em tempos de incerteza.
- Monitorar votações fiscais e seus efeitos no mercado
- Acompanhar decisões sobre a Selic
- Priorizar ativos de menor volatilidade
- Manter portfólio diversificado
Por fim, a análise de Daoud reforça que a clareza nas informações é determinante. Em momentos de instabilidade política e fiscal, a leitura crítica dos sinais do mercado ajuda a evitar decisões precipitadas.
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