A inflação no Brasil segue apresentando desafios relevantes, mesmo com a política monetária contracionista adotada pelo Banco Central. Segundo o economista Alexandre Espírito Santo, da Way Investimentos, itens não recorrentes e serviços têm impactado de forma significativa a percepção dos consumidores e dificultado o controle dos preços.
Durante sua análise, Alexandre destacou que bônus, alimentos e variações pontuais nos custos são fatores que afetam o índice de forma expressiva. Além disso, a incerteza quanto à trajetória de preços de commodities, como carne e café, torna o cenário mais imprevisível. Ele alertou que tarifas impostas pelo governo Trump podem influenciar os preços internos de maneira relevante.
Como a política monetária afeta a inflação?
A principal estratégia do Banco Central tem sido o aumento da taxa Selic para conter a demanda e controlar os preços. No entanto, Alexandre ressalta que essa medida pode não ser suficiente diante das pressões vindas de fatores externos e não recorrentes. “A Selic pode não ser suficiente para conter pressões inflacionárias oriundas de fatores externos e não recorrentes“, afirmou o economista.
Nesse contexto, a resistência da inflação em ceder levanta dúvidas sobre os limites da política monetária e reforça a necessidade de políticas complementares que considerem as especificidades da economia brasileira.
Quais são os principais fatores que influenciam a inflação?
Entre os elementos que mais afetam a dinâmica de preços no Brasil, Alexandre Espírito Santo aponta:
- Pressões de custos: aumento de insumos e tarifas internacionais eleva os custos de produção.
- Expectativas de inflação: percepção dos consumidores e empresários pode influenciar decisões de consumo e investimento.
- Fatores externos: políticas comerciais e tarifas de outros países, como as adotadas pelos EUA, impactam diretamente os preços internos.
Esses fatores, combinados com a instabilidade política e econômica, tornam o cenário inflacionário complexo e de difícil previsibilidade.
Quais estratégias de investimento adotar em tempos de incerteza?
Diante desse quadro, os investidores precisam ajustar suas estratégias. Alexandre recomenda diversificação e a busca por ativos que apresentam melhor desempenho em períodos de inflação elevada, como imóveis e commodities. “Os investidores devem estar preparados para ajustar suas estratégias conforme o cenário econômico evolui“, destacou.
Além disso, acompanhar continuamente o mercado e investir em informação qualificada são práticas essenciais para minimizar riscos. Alexandre reforça que a adaptação constante é um diferencial importante para atravessar momentos de instabilidade econômica.
Conclusão
A inflação no Brasil não depende apenas da atuação do Banco Central e de ajustes na Selic. Itens não recorrentes, serviços e fatores externos elevam a complexidade do cenário, exigindo respostas mais abrangentes. Para os investidores, a diversificação e a análise criteriosa das tendências tornam-se fundamentais para proteger o patrimônio e identificar oportunidades.
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