O mercado acionário brasileiro encerrou a sessão desta quarta-feira, 10 de setembro, em tom positivo. O Ibovespa avançou cerca de 0,52% e terminou o pregão próximo dos 142.350 pontos, ficando bem próximo do recorde intradiário histórico de 143.408. A valorização foi sustentada pelo bom desempenho de ações de peso, como Petrobras e Banco do Brasil.
Além disso, o movimento de investidores refletiu tanto fatores internos quanto externos. O recuo da inflação brasileira em agosto e a queda dos preços ao produtor nos Estados Unidos reforçaram a expectativa de cortes de juros, estimulando fluxos para ativos de risco. Nesse cenário, o dólar também se desvalorizou frente ao real, fechando o dia em torno de R$ 5,41.
Quais fatores internos sustentaram o bom humor da bolsa?
No cenário doméstico, os dados do IPCA vieram abaixo das expectativas, registrando deflação de -0,11% em agosto. A variação acumulada em 12 meses ficou em 5,13%, sinalizando uma trégua inflacionária que abre espaço para um possível ciclo mais agressivo de corte de juros pelo Banco Central. Esse movimento aumentou o otimismo no mercado local e favoreceu empresas ligadas ao consumo.
Por outro lado, a cena política também contribuiu para reduzir a percepção de risco. O voto do ministro Luiz Fux, no julgamento de Jair Bolsonaro, foi considerado mais moderado, trazendo alívio a investidores que temiam instabilidade institucional.
Ações em destaque e movimentos do câmbio
Enquanto o índice geral mostrava força, algumas ações se destacaram pela performance. Entre as maiores altas esteve a C&A (CEAB3), que avançou 4,80% no pregão. Já entre as perdas, a MRV (MRVE3) recuou 4,83%, refletindo pressões específicas do setor de construção.
No câmbio, o dólar encerrou em queda de aproximadamente 0,53%, cotado a R$ 5,41. Essa desvalorização da moeda norte-americana foi influenciada pelo ambiente global de maior apetite a risco e pela expectativa de que o Federal Reserve poderá iniciar cortes de juros nos próximos meses.
Resumo dos principais indicadores do dia
- Ibovespa: alta de 0,52%, fechando em 142.348 pontos
- Oscilação: mínima de 141.611 e máxima de 143.181 pontos
- Dólar: queda de 0,53%, cotado a R$ 5,41
- Inflação (IPCA de agosto): -0,11% no mês, acumulado de 12 meses em 5,13%
- Ações em destaque: C&A (+4,80%) e MRV (-4,83%)
O que esperar para as próximas sessões do mercado?
O bom desempenho do pregão de hoje reforça o viés positivo do mercado, mas investidores permanecem atentos. A proximidade da máxima histórica pode trazer volatilidade, já que muitos agentes podem realizar lucros. Nesse sentido, fatores como a condução da política monetária no Brasil, os desdobramentos do julgamento no STF e a política de juros nos Estados Unidos serão determinantes para os próximos movimentos da bolsa.