O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar o Brasil e citou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em um post na rede social X nesta segunda-feira (8). A declaração reacendeu a tensão diplomática entre os dois países e abriu espaço para novas retaliações comerciais e políticas.
Yesterday marked Brazil’s 203rd Independence Day. It was a reminder of our commitment to stand with the people of Brazil who seek to preserve the values of freedom and justice. For Justice Alexandre de Moraes and the individuals whose abuses of authority have undermined these…
— Senior Official for Public Diplomacy (@UnderSecPD) September 8, 2025
No centro do conflito estão medidas como a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sanções ao Banco do Brasil. Além disso, houve revogação de vistos de magistrados e familiares, bem como restrições impostas a autoridades brasileiras por meio da Lei Magnitsky. Essa escalada tem provocado reações firmes de Brasília, que insiste em defender a soberania nacional.
Quais medidas já foram aplicadas contra o Brasil?
Até o momento, o pacote de retaliações dos Estados Unidos inclui ações que afetam tanto o comércio exterior quanto figuras do poder judiciário. Nesse sentido, as sanções ganharam força no início de agosto e seguem sendo ampliadas.
- Julho de 2025: anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
- Agosto de 2025: congelamento de ativos de Alexandre de Moraes nos EUA.
- Agosto de 2025: revogação de vistos de ministros do STF e familiares.
- Agosto de 2025: sanções diretas ao Banco do Brasil.
Reação brasileira e busca por soluções internacionais
Por outro lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não aceitará interferências externas e lembrou que o país mantém superávit comercial com os Estados Unidos há 15 anos. Enquanto isso, a Advocacia-Geral da União iniciou processos jurídicos internacionais, incluindo recurso na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Além disso, o governo lançou o chamado “Plano Brasil Soberano”, com foco em reduzir os impactos econômicos das medidas impostas por Washington. O plano prevê desde a diversificação de mercados até estímulos internos para mitigar eventuais perdas em setores estratégicos.
Como a comunidade internacional reage à crise?
A tensão entre Brasil e EUA despertou reações em diferentes partes do mundo. Países latino-americanos, como Argentina e México, manifestaram solidariedade a Brasília. Enquanto isso, grandes potências como China, Rússia e União Europeia pediram diálogo e aceitaram apoiar a abertura de painéis na OMC.
Com esse cenário, cresce a expectativa sobre até onde irá a ofensiva de Donald Trump e quais medidas cabíveis o Brasil adotará em defesa de sua soberania. A continuidade dessa disputa promete impactar o comércio global e a estabilidade diplomática nos próximos meses.