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Como o Brasil quer transformar governança climática em liderança global; entenda

Renata NunesPor Renata Nunes
05/09/2025

O Brasil pode atrair até US$ 3 trilhões em investimentos climáticos até 2050, segundo estimativas do BCG. Para transformar potencial em resultados, a palavra de ordem é governança climática: previsibilidade regulatória, segurança jurídica, rastreabilidade e métricas auditáveis. Em entrevista a BM&C News, Marina Cançado, fundadora da Converge Capital e uma das organizadoras do Brazil Climate Summit, afirma que “o capital global existe, mas só virá em escala quando o país provar capacidade de execução com transparência e entrega”.

Nesse sentido, a agenda brasileira ganha palco em 19 de setembro, em Nova York, quando o Brazil Climate Summit reunirá investidores globais e líderes empresariais para discutir como o Brasil pode ancorar cadeias de suprimento mais resilientes e soluções climáticas escaláveis. Além disso, o encontro pretende conectar projetos a financiadores, padronizar indicadores e acelerar compromissos até 2030, período crítico para sedimentar políticas e validar modelos de negócio de baixo carbono.

O que falta para convencer investidores globais da governança?

Para Marina, os avanços recentes, como o marco do mercado de carbono e a Lei do Combustível do Futuro, aproximam o Brasil de padrões internacionais. Por outro lado, investidores pedem consistência: cronogramas regulatórios claros, mecanismos de fiscalização e adesão a certificações reconhecidas, como Verra (VCS) e Gold Standard. “Sem integridade ambiental e social verificável, o risco percebido afasta capital de longo prazo”, pontua.

Ela defende um pacote mínimo de indicadores para projetos, contemplando escala e mensurabilidade. Entre eles: capacidade instalada em renováveis, hectares sob agricultura regenerativa, intensidade de emissões por produto, e toneladas de CO₂ evitadas ou removidas. Enquanto isso, estruturas de governança devem garantir auditoria independente, gestão de riscos socioambientais e transparência de dados para o mercado.

Como o setor privado está saindo do discurso e entregando escala?

Segundo a executiva, a nova fase é de implementação. “Projetos em aço e alumínio verde, hidrogênio, biocombustíveis de segunda geração, bioeconomia e agricultura regenerativa estão em andamento e deixando o campo do discurso para se tornarem entregas efetivas“, afirma. Contratos de offtake têm destravado investimentos, sobretudo em renováveis e combustíveis sustentáveis, ao reduzir risco de demanda. Além disso, climate techs vêm acelerando monitoramento de carbono e eficiência hídrica, enquanto grandes grupos instalam sensores IoT para otimizar processos industriais e agrícolas.

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Marina destaca um diferencial brasileiro: globalmente, cerca de 75% das emissões estão no setor de energia; no Brasil, mais de dois terços se concentram em desmatamento e uso da terra. Por isso, soluções baseadas na natureza, agricultura sustentável e bioenergia elevam a competitividade do país e ampliam o impacto climático por real investido.

Entre os setores que podem se destacar estão a energia renovável, agro sustentável, biocombustíveis, hidrogênio verde e indústria pesada (aço e alumínio) despontam na linha de frente. Além disso, infraestrutura verde, logística, data centers sustentáveis e minerais críticos (níquel, lítio, cobre) devem ganhar tração com a expansão das cadeias de baterias e mobilidade elétrica. A convergência entre política industrial e descarbonização é apontada como chave para reduzir custo de capital e acelerar a substituição de produção intensiva em emissões.

O que o Brasil já pode apresentar na COP30?

De acordo com Marina, o país chega à COP30 com um conjunto de iniciativas que funcionam como “cartão de visitas”: hidrogênio verde com potencial de capturar 10% a 15% das exportações globais até 2030; aço e alumínio de baixa emissão, já exportados à União Europeia; agricultura regenerativa, com expansão de ILPF e plantio direto; e biocombustíveis/SAF alavancados pela plataforma do etanol. Além disso, cresce a oferta de créditos de carbono de alta integridade e de projetos de recuperação de áreas degradadas.

Qual o papel do Brazil Climate Summit de 19 de setembro?

O encontro em Nova York buscará alinhar investidores, empresas e formuladores de políticas em torno de oportunidades brasileiras com alto grau de escalabilidade. Além disso, pretende discutir padrões de governança climática, interoperabilidade entre taxonomias e o uso de blended finance para reduzir riscos de projetos. A agenda inclui o fortalecimento de cadeias de suprimento resilientes, de alimentos a metais críticos e a estruturação de corredores verdes de exportação.

Marina resume a ambição: “Queremos sair de Nova York com projetos mais financiáveis, pipelines priorizados e uma linguagem comum de métricas e riscos”. Nesse sentido, a articulação com organismos multilaterais e investidores de impacto é vista como catalisadora de compromissos até 2030.

Como acelerar a implementação?

A combinação de políticas industriais estáveis, compras públicas verdes, PPIs e PPAs de longo prazo é apontada como caminho prático. Enquanto isso, instrumentos de blended finance, garantia, subordinação e seguros de performance, podem destravar capital privado para infraestrutura, indústria e natureza. A participação do Brasil em fóruns de padronização (taxonomias e divulgações) tende a diminuir assimetrias de informação e custo de due diligence.

  • Metas setoriais com indicadores auditáveis e cronogramas públicos;
  • Incentivos fiscais condicionados a intensidade de carbono e conteúdo renovável;
  • Leilões e PPAs para SAF, H₂V e renováveis integradas a processos industriais;
  • Fundos garantidores e seguros climáticos para projetos de uso do solo;
  • Transparência total de dados: portais públicos, MRV digital e auditoria independente.

Qual o lugar do Brasil na geopolítica da transição?

Num ambiente de tensões entre grandes potências e retração de alguns fluxos de financiamento, a diplomacia brasileira, historicamente pragmática, pode operar como ponte entre EUA, Europa e China. O país reúne matriz elétrica limpa, biodiversidade, agro sustentável e estabilidade institucional, combinação que sustenta uma oferta competitiva de “produtos verdes” e o papel de mediador no Sul Global.

No balanço final, o recado de Marina é objetivo: transformar potencial em protagonismo exige execução, projetos escaláveis, integridade comprovada e narrativa consistente. Se essas condições forem cumpridas, o rótulo de “potência do futuro” pode dar lugar a entregas mensuráveis até 2030, consolidando o Brasil no mapa dos investimentos de baixo carbono.

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Governança climática: Brasil busca US$ 3 tri e prepara vitrine em Nova York.

Tags: BMC3
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