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Drex: mitos e verdades sobre o real digital

Por Opinião
25/08/2025
Em Análises, Opinião
Créditos: depositphotos.com / rafapress

Créditos: depositphotos.com / rafapress

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Por Carlos Castro*

A discussão sobre CBDC era, até pouco tempo atrás, restrita a fóruns técnicos de bancos centrais. Agora virou um dos tópicos mais relevantes para o futuro do sistema financeiro global. Significa Central Bank Digital Currency — ou moeda digital de banco central. Em termos práticos, a versão digital da moeda oficial de um país, emitida diretamente pela autoridade monetária, com a mesma paridade, valor e poder de compra do dinheiro físico.

O Brasil é um dos países mais avançados nessa agenda com o Drex, o real digital que está sendo desenvolvido pelo Banco Central. Mas, ao contrário do que parecia em 2023, o Drex não deve chegar ao público antes de 2025 ou 2026. Isso porque o projeto-piloto — que avançaria ao longo de 2024 — foi estendido por motivos de segurança cibernética, privacidade e maturidade tecnológica.

Segundo o Banco Central, os testes apontaram riscos operacionais que precisavam ser sanados antes de liberar o sistema para instituições financeiras. O cronograma foi ajustado para garantir um ambiente robusto, seguro e aderente às exigências legais e regulatórias.

Nesse ambiente, surgem as narrativas extremas: uns vendem o Drex como revolução redentora, outros como mecanismo de controle estatal distópico. É por isso que se tornou urgente separar o que é fato do que é mito — com base na fonte oficial do projeto: o próprio Banco Central do Brasil.

Vale lembrar que mais de 130 países estão em algum estágio de desenvolvimento de suas próprias CBDCs:

  • A China está testando seu yuan digital em larga escala desde 2020.
  • A União Europeia avança com o euro digital, previsto para ser lançado até 2026.
  • Os EUA ainda avaliam com cautela.

O Drex, nesse contexto, tem se destacado pela abordagem técnica avançada, o uso de blockchain permissionado (DLT), e o foco em programabilidade, contratos inteligentes e tokenização de ativos reais.

Mas o que é mito e verdade sobre o Drex — com base no Banco Central?

O Drex vai substituir o real físico

Mito. Ele é complementar. O papel-moeda continua em circulação, assim como Pix, TED, cartões e saldo em conta corrente. O Drex é apenas mais uma forma digital de representação do real.

O Drex é uma criptomoeda

Mito. Apesar de usar tecnologia blockchain (no caso, o Hyperledger Besu, uma DLT permissionada), o Drex não é descentralizado, não é minerado, não tem volatilidade e não visa especulação. É controlado exclusivamente pelo Banco Central.

Vai acabar com bancos e intermediários

Mito. O modelo do Drex exige que bancos e instituições autorizadas sejam os canais de distribuição. O público não terá conta diretamente no BC. Não há desintermediação, mas transformação da intermediação.

O governo terá acesso irrestrito aos seus dados financeiros

Mito. As transações em Drex serão rastreáveis como no sistema financeiro atual. Mas o Banco Central afirma que não terá acesso direto a dados pessoais, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A rastreabilidade visa prevenir lavagem de dinheiro e garantir a integridade do sistema — não monitorar comportamento individual.

O Drex é um dinheiro programável

Verdade. Esse é o grande diferencial. O Drex foi desenhado para suportar contratos inteligentes (smart contracts), ou seja, operações financeiras automatizadas por código.

Com isso, será possível:

  • Executar pagamentos vinculados a entregas de serviços.
  • Realizar transferências condicionadas a metas contratuais.
  • Automatizar operações no mercado imobiliário, agronegócio, crédito, seguros e muito mais.

O Drex transforma o real em plataforma de inovação — algo que o dinheiro físico ou o Pix não conseguem fazer.

A tecnologia é blockchain permissionado

Verdade. O Drex usa uma infraestrutura baseada em DLT (Distributed Ledger Technology). É um blockchain controlado, com acesso restrito e regras claras de governança. Isso garante:

  • Transparência operacional
  • Imutabilidade de registros
  • Segurança transacional
  • Eficiência regulatória

E diferente das blockchains públicas (como Bitcoin ou Ethereum), aqui não há anonimato nem descentralização — o que atende ao perfil exigido para uma moeda estatal.

Os atrasos foram por segurança, não por falha técnica

Verdade. O Banco Central interrompeu o avanço da fase de testes porque foram identificadas vulnerabilidades potenciais no sistema de controle de permissões. Além disso, a complexidade crescente dos contratos inteligentes e a necessidade de reforçar mecanismos de autenticação levaram a um ajuste no cronograma.

É um sinal de que o projeto está sendo tratado com responsabilidade institucional e não como uma corrida política.

O Drex permitirá tokenização de ativos

Verdade. Esse ponto é estratégico. A estrutura do Drex vai permitir representar ativos reais na forma de tokens digitais: imóveis, veículos, debêntures, títulos públicos, cotas de fundo, recebíveis agrícolas. Isso pode reduzir:

  • Custos cartoriais
  • Tempo de liquidação
  • Fraudes e duplicidade de registros

Tokenizar significa dar liquidez a ativos antes ilíquidos — e esse pode ser o maior impacto do Drex na economia real.

Pode ampliar a inclusão financeira

Verdade. Com uma plataforma aberta à inovação e integração com fintechs, o Drex tem potencial para:

  • Levar serviços financeiros a regiões desbancarizadas.
  • Reduzir custos operacionais de crédito e seguros.
  • Democratizar o acesso a investimentos tokenizados.

Mas tudo depende de como os agentes privados vão usar essa infraestrutura.

E como toda inovação, há também os riscos:

  • Centralização excessiva: dar tanto poder ao BC exige transparência e accountability pública.
  • Cibersegurança: qualquer falha pode impactar milhões de pessoas.
  • Desconfiança popular: se mal comunicado, o Drex pode ser confundido com controle estatal sobre a vida financeira.
  • Falta de uso real: o risco do Drex virar só mais um canal redundante, sem aplicações práticas que justifiquem sua existência.

O Drex não é um produto. É uma infraestrutura financeira como foi o SPB e como é o Pix.

Ele não vai substituir o dinheiro, nem acabar com os bancos. Mas vai permitir algo novo: dinheiro inteligente, seguro, rastreável, programável e interoperável com ativos digitais.

O Drex é inevitável. A pergunta não é mais “se” o Drex vai chegar, mas “quando”.

*Coluna escrita por Carlos Castro, planejador financeiro pessoal, CEO e sócio fundador da plataforma de saúde financeira SuperRico

As opiniões transmitidas pelo colunista são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a opinião da BM&C News.

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