O estado de São Paulo estabeleceu um novo salário mínimo de R$ 1.804. Esse reajuste representa um aumento de 10% comparado ao valor anterior de R$ 1.640. Tal valor é superior ao piso nacional, fixado em R$ 1.518 para o mesmo ano. A definição do salário mínimo paulista considera especialmente as categorias que não possuem convenções coletivas ou leis federais específicas para piso salarial.
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou a alteração do salário mínimo estadual por meio da Lei 18.153/2025, posteriormente sancionada pelo governador. Este novo valor impacta diretamente diversas categorias profissionais, englobando empregos variados, desde trabalhadores domésticos até operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais. A definição desses valores busca garantir melhores condições para os profissionais cuja remuneração ainda não estava claramente regulamentada por normativas superiores.
Quais profissões são beneficiadas pelo novo salário mínimo paulista?
O aumento do salário mínimo paulista contempla uma extensa lista de profissões que não possuem uma faixa salarial regulamentada por convenções nacionais. Estão entre os beneficiados cuidadores de idosos, serventes, pescadores, trabalhadores agropecuários, mensageiros, auxiliares de serviços gerais e muitos outros. A inclusão de diversos tipos de trabalhadores nos campos da indústria, comércio, serviços de manutenção e logística destaca a amplitude dessa nova regulamentação.
Além disso, trabalhadores de setores como transporte, segurança e serviços de alimentação também são impactados. A intenção é cobrir uma grande gama de atividades laborais, incentivando não só a melhoria na qualidade de vida dos profissionais, mas também a justiça social na distribuição de rendimentos no estado.
Como o salário mínimo regional é definido em outros estados?
O cenário do salário mínimo regional varia consideravelmente em outros estados do Brasil. No Rio de Janeiro, a divisão é feita em seis faixas distintas, cada uma correspondendo a uma atividade profissional específica, com valores que vão de R$ 1.238,11 na Faixa 1 a R$ 3.158,96 na Faixa 6. Já o Rio Grande do Sul adota uma abordagem similar, categorizando em cinco faixas salariais, a partir de R$ 1.789,04 até R$ 2.267,21.
Já no estado do Paraná, a variação do piso salarial é entre R$ 1.984,16 e R$ 2.275,36 em quatro diferentes faixas. Santa Catarina, por sua vez, escalona os salários de R$ 1.730,00 a R$ 1.978,00, dependendo da faixa. Essa multiplicidade de valores reflete as condições econômicas e necessidades locais de cada estado, ajustando-se às especificidades de seus mercados de trabalho.
Quais os impactos esperados do novo salário mínimo paulista?

O aumento do salário mínimo em São Paulo tem o potencial de gerar impactos significativos tanto para os trabalhadores quanto para as empresas. Para os profissionais, representa um incremento direto no poder de compra e melhoria das condições gerais de vida. Já para as empresas, especialmente as menores, pode significar ajustes financeiros para acomodar os novos custos trabalhistas.
- Valorização Profissional: O novo piso garante uma remuneração mais justa para categorias anteriormente desvalorizadas.
- Aumento da Demanda: Possíveis incrementos no consumo interno, devido ao maior poder aquisitivo dos trabalhadores.
- Desafios Empresariais: Necessidade de adaptação por parte das empresas para equilibrar a folha de pagamento.
Desta forma, o reajuste é um fator vital na economia, que visa não apenas melhorar as condições imediatas dos trabalhadores, mas também incentivar uma economia mais dinâmica e equitativa a longo prazo.