O mercado acionário brasileiro encerrou esta terça-feira, 19 de agosto de 2025, com uma queda expressiva. O Ibovespa recuou 2,10%, fechando aos 134.432,26 pontos, no pior desempenho desde abril. O movimento refletiu a preocupação dos investidores com a escalada das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, além da pressão sobre o setor financeiro.
Durante o pregão, o índice oscilou entre a máxima de 137.321,13 e a mínima de 133.996,87 pontos, configurando uma variação de mais de 3.300 pontos. O volume financeiro girou em torno de R$ 22,4 bilhões, sinalizando liquidez elevada mesmo diante da queda generalizada. Nesse sentido, a sessão foi marcada por volatilidade e fuga de ativos de risco.
Quais fatores pressionaram o mercado brasileiro hoje?
O principal fator de pressão foi a incerteza política e jurídica ligada ao julgamento no STF sobre a Lei Magnitsky, que aumentou a tensão diplomática com os Estados Unidos. Esse ambiente elevou a aversão ao risco e atingiu em cheio os bancos, que lideraram as perdas do dia.
- Banco do Brasil (BBAS3): –6,03%, a R$ 19,80
- Itaú (ITUB4): –3,04%
- Bradesco (BBDC3/BBDC4): entre –3,28% e –3,43%
- Santander (SANB11): –4,87%
Além disso, empresas ligadas a commodities e energia também sentiram o peso do pessimismo. Raízen caiu 9,57% e Cosan recuou 6,41%, ambas renovando mínimas históricas. Por outro lado, companhias mais resilientes, como Minerva, Suzano e Hypera, conseguiram registrar leves ganhos.
Quais ações destoaram no pregão desta terça-feira?
Apesar da ampla queda, alguns papéis conseguiram escapar do movimento vendedor. Entre os destaques positivos estiveram empresas do setor de alimentos e celulose, que atuaram como porto seguro em meio ao estresse do mercado.
- Minerva (BEEF3): +2,93%, cotada a R$ 5,27
- Suzano (SUZB3): +0,78%, a R$ 53,01
- Hypera (HYPE3): +0,48%, a R$ 23,16
Enquanto isso, a forte correção nos setores financeiro e de energia acabou pesando no índice como um todo. Nesse cenário, o Ibovespa encerrou no menor patamar desde 5 de agosto, reforçando a percepção de fragilidade diante de riscos externos e domésticos.
Por fim, o pregão de hoje mostrou como a combinação de tensões diplomáticas, decisões jurídicas e instabilidade política pode rapidamente afetar a confiança dos investidores. O resultado é um ambiente de maior cautela, que deve manter o mercado em compasso de espera nos próximos dias.