Entre os dias 11 e 15 de agosto de 2025, os mercados financeiros acompanharão uma agenda carregada de dados econômicos e eventos geopolíticos. No Brasil, o Boletim Focus do Banco Central abrirá a semana com as projeções atualizadas para inflação, PIB, câmbio e taxa Selic. O destaque interno, segundo Francisco Alves, operador de mercado e apresentador do programa Pre Market na BM&C News, será a divulgação do IPCA de julho, na terça-feira, que trará o número oficial de inflação ao consumidor. “É o driver da semana para o mercado doméstico, acompanhado de perto por investidores e analistas”, afirma.
Ainda no Brasil, a agenda inclui a Pesquisa Mensal de Serviços, a prévia do PIB do segundo trimestre, dados de produção industrial e vendas no varejo. Na B3, a semana será movimentada pela temporada de balanços do segundo trimestre, com destaque para BTG Pactual, Banco do Brasil, MRV, BRF, Sabesp, Azul e Gol. No campo operacional, quarta-feira (13) marca o vencimento do contrato futuro de Ibovespa e das opções sobre o índice, com rolagem para outubro, e na sexta-feira (15) ocorre o exercício de opções sobre ações.
No cenário internacional, a semana será dominada por dados de inflação. Nos Estados Unidos, o CPI será acompanhado por investidores como principal termômetro das próximas decisões do Federal Reserve, e o mesmo indicador será divulgado em vários países da Europa e da Ásia, incluindo Japão e China. A terça-feira também será marcada pela decisão de política monetária do Banco Central da Austrália (RBA), que pode cortar os juros em 0,25 ponto percentual, e pelo prazo final para Estados Unidos e China definirem se adiam por 90 dias a cobrança de tarifas recíprocas.
A Europa terá dados relevantes de PIB do segundo trimestre para o Reino Unido, Itália, Alemanha, Espanha, França, Portugal e para a Zona do Euro, além de números de produção industrial e vendas no varejo. Na Ásia, a China divulgará, na sexta-feira, uma bateria de dados que inclui produção industrial, vendas no varejo, investimentos em ativos fixos não rurais, taxa de desemprego e preços de imóveis.
A geopolítica também estará no radar. Na sexta-feira (15), está previsto um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, reunião que, se confirmada, pode ter repercussões importantes nas relações bilaterais e no cenário global. “Além dos dados econômicos, o mercado vai monitorar de perto esse possível encontro, que carrega implicações diplomáticas e comerciais”, pontua Francisco Alves.
A semana começa com o Ibovespa acumulando alta de 2,62% na última semana, avanço de 2,14% no mês e ganho de 12,99% no ano, enquanto o dólar recuou 1,97% na semana e acumula queda de 12% em 2025. Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,35%, o S&P 500 avançou 2,43% e o Nasdaq ganhou 3,87% na semana passada. O petróleo fechou em queda, com o WTI recuando 5,12% e o Brent caindo 4,42% na semana, enquanto o ouro para dezembro na Comex subiu 3,50%.
Com uma agenda densa de indicadores e um pano de fundo político aquecido, os próximos dias prometem volatilidade elevada, exigindo atenção redobrada dos investidores aos movimentos do mercado e aos desdobramentos geopolíticos.
Veja mais notícias aqui. Acesse o canal de vídeos da BM&C News.