O Itaú Unibanco (ITUB4) apresentou um desempenho consistente no segundo trimestre de 2025, com indicadores sólidos de rentabilidade, qualidade dos ativos e solidez de capital. A principal novidade veio do segmento de varejo, que pela primeira vez registrou um ROE superior ao da unidade atacadista, evidenciando a força do core business do banco.
Segundo análise da MSX, “a performance do trimestre confirma a resiliência do modelo de negócios do Itaú“. A instituição continua se destacando por sua capacidade de geração de capital, mesmo em um ambiente de crédito desafiador. O lucro líquido projetado pela MSX para 2025 é de R$ 46 bilhões, número praticamente em linha com o novo guidance implícito do banco, de R$ 46,1 bilhões no ponto médio.
Quais foram os principais destaques operacionais da Itaú?
Um dos principais pontos do trimestre foi a melhora no NIM ajustado ao risco, que refletiu a manutenção de spreads saudáveis e reforçou a qualidade da carteira de crédito. “O retorno sobre o patrimônio (ROE) segue em trajetória positiva, sustentando a tese de um banco eficiente, lucrativo e bem posicionado frente aos concorrentes“, destaca a análise.
Além disso, o Itaú revisou positivamente duas métricas importantes em seu guidance:
- NII com clientes (margem financeira com clientes)
- Alíquota efetiva de imposto
Essas mudanças indicam confiança da gestão na trajetória operacional da instituição e apontam para uma entrega possivelmente acima do ponto médio em algumas frentes. Um exemplo é o NII de mercado, que já acumula R$ 1,8 bilhão no ano, próximo dos R$ 2 bilhões previstos no guidance.
O crescimento da inadimplência do Itaú é um risco?
Apesar do crescimento sequencial da inadimplência, a análise da MSX considera “o movimento como sazonal, sem sinais de deterioração estrutural“. Essa avaliação é coerente com o estágio atual do ciclo de crédito no setor bancário, o que indica que o banco mantém a qualidade dos ativos sob controle.
A solidez do índice de capital CET1, que atingiu 13,1%, reforça a robustez da instituição. Esse patamar confortável de capital também sustenta uma estratégia de distribuição generosa aos acionistas, com payout estimado em 72%. A expectativa é de que o Itaú distribua até R$ 33 bilhões em dividendos e JCP ao longo de 2025.
Como os investidores devem interpretar os resultados de Itaú?
Para a MSX, “o Itaú continua sendo uma referência no setor financeiro brasileiro, combinando crescimento sustentável com forte geração de valor ao acionista“. O desempenho do ROE no varejo é um marco importante e reforça a relevância estratégica da expansão do crédito ao consumidor final com rentabilidade.
A consistência dos resultados e a previsibilidade das operações fortalecem a visão positiva da MSX sobre a ação ITUB4. O banco se mantém como uma alternativa atrativa tanto pela resiliência operacional quanto pela sua capacidade de gerar dividendos elevados, mesmo em ambientes macroeconômicos mais desafiadores.
Nesse sentido, “a recomendação segue favorável, com destaque para o alinhamento entre execução, governança e retorno ao investidor“. Com a revisão positiva do guidance e a solidez dos indicadores, o Itaú se consolida como um dos principais vetores de estabilidade no setor financeiro nacional.