Imagine abrir a porta de casa e encontrar um agente do CRAS com um crachá, pronto para verificar informações que podem definir o futuro de benefícios como o Bolsa Família. Em 2025, as visitas do Cadastro Único (CadÚnico) estão mais frequentes, especialmente para famílias unipessoais, e entender esse processo pode evitar surpresas desagradáveis. Por que essas visitas acontecem? Como se preparar? Este texto explica tudo de forma clara, para que ninguém fique perdido. Afinal, manter o cadastro atualizado é a chave para garantir direitos e evitar bloqueios.
O que é o CadÚnico e por que as visitas do CRAS são importantes?
O Cadastro Único é a ferramenta do governo para identificar famílias de baixa renda, conectando-as a programas como Bolsa Família, Auxílio Gás e Tarifa Social de Energia. Em 2025, cerca de 19 milhões de famílias estão inscritas, mas a manutenção desse cadastro exige atenção. As visitas do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) surgem para verificar se as informações declaradas refletem a realidade, reduzindo fraudes e garantindo que os benefícios cheguem a quem precisa.
Por que o foco em 2025?
Mudanças recentes no Bolsa Família, implementadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), ampliaram as visitas domiciliares. Antes restritas a áreas de difícil acesso, agora elas incluem beneficiários unipessoais, após estudos apontarem fraudes nesse grupo. Em 2024, 2% dos cadastros foram suspensos por irregularidades, e a meta para 2025 é revisar 1 milhão de cadastros.
Como funciona a visita do CRAS ao domicílio?
As visitas do CRAS não têm hora marcada, mas são conduzidas por profissionais identificados. O objetivo é simples: confirmar as condições de vida da família. Durante a visita, o agente observa aspectos como moradia, renda e composição familiar. Não é uma fiscalização intimidadora, mas um processo para garantir transparência.
- Condições de moradia: Tipo de casa, saneamento básico e número de moradores.
- Composição familiar: Quem vive na casa? Todos foram declarados?
- Renda: Os ganhos batem com o informado? Há bens não declarados?
- Educação: Crianças e adolescentes estão na escola?
- Saúde: Há acompanhamento médico, como pré-natal ou vacinação?
O agente pode pedir documentos, mas não exige reformas ou aplica punições diretas. A análise dos dados coletados define se o benefício continua.

Principais motivos para bloqueio do CadÚnico
Benefícios podem ser bloqueados por inconsistências entre o declarado e o constatado. Em 2025, mais de 1,2 milhão de cadastros foram cortados, segundo o governo. Os motivos mais comuns incluem:
- Declaração de renda falsa.
- Não atualização do cadastro a cada dois anos.
- Mudanças na composição familiar não informada.
- Beneficiários unipessoais que, na verdade, vivem com outros membros da família.
Fraudes, como vários membros de uma mesma família recebendo Bolsa Família como unipessoais, levaram o governo a reforçar a fiscalização. Dados cruzados com a Receita Federal e o INSS ajudam a identificar irregularidades.
Como evitar o bloqueio do benefício?
Manter o cadastro atualizado é a melhor defesa. Atualizações devem ser feitas a cada dois anos ou sempre que houver mudanças, como novo endereço ou nascimento de filhos. Em algumas cidades, como São Paulo, o agendamento online no site da prefeitura facilita o processo. Outras dicas incluem:
- Informar alterações em até 30 dias.
- Guardar comprovantes de renda e residência.
- Comparecer ao CRAS quando solicitado.
Para atualizar o CadÚnico, é necessário apresentar documentos de todos os membros da família. A lista pode variar por município, mas geralmente inclui RG, CPF ou outro documento com foto, comprovante de residência recente, carteira de trabalho ou comprovante de renda, certidão de nascimento ou casamento, e número do NIS (Número de Identificação Social). Consultar o CRAS local ou o site da prefeitura ajuda a confirmar a lista exata.
O que fazer após o bloqueio do CadÚnico?
Se o benefício for bloqueado, não é o fim da linha. O primeiro passo é procurar o CRAS mais próximo ou ligar para o 135. Levar documentos atualizados e esclarecer pendências pode desbloquear o cadastro. Um exemplo prático: uma mãe solo teve o Bolsa Família bloqueado por não atualizar a renda após começar um novo trabalho. No CRAS, ela apresentou comprovantes e regularizou a situação em uma semana. Agir rápido faz a diferença.