O Santander Brasil (SANB11) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), o que representa um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5,2% frente ao primeiro trimestre de 2025. No entanto, esse resultado ficou abaixo da expectativa de mercado, que projetava um lucro de R$ 3,8 bilhões, com uma variação de -0,9% na comparação trimestral, enquanto a alta anual foi de 14,8%. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) alcançou 16,4%, um pouco acima da previsão de 16,3%.
Em relação à margem financeira, o Santander registrou uma queda de 3,3% em relação ao primeiro trimestre de 2025, totalizando R$ 15,396 bilhões. No entanto, houve um aumento de 4,4% na comparação anual. Já as provisões para perdas com crédito (PDD) cresceram 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 6,862 bilhões, devido à elevação das taxas de juros em 2025 e ao aumento do endividamento de famílias e empresas, o que gerou um aumento nos níveis de inadimplência. “O Santander reportou um trimestre resiliente, mas com números ainda pressionados, principalmente na margem com o mercado e no ritmo de crescimento da carteira de crédito. Seguimos acompanhando de perto a evolução do mix de receitas, disciplina na alocação de capital e capacidade de execução em um cenário macroeconômico mais desafiador”, analisa Marco Saravalle, CIO da MSX Invest.
A carteira de crédito ampliada do Santander fechou o trimestre em R$ 675,5 bilhões, apresentando um crescimento de 1,5% na comparação anual. O índice de inadimplência, por sua vez, ficou em 3,1%, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado.
Este desempenho reflete os desafios enfrentados pelo Santander no cenário atual, com a recuperação dos impactos da crise das Americanas no final de 2022, quando a rentabilidade líquida (ROAE) caiu para 8,3%.
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