O custo de uma carteira nacional de habilitação (CNH), atualmente na faixa de R$ 3,2 mil, pode sofrer uma redução significativa em breve. Um projeto do Ministério dos Transportes busca diminuir em até 80% os gastos para as categorias A e B, referentes a motocicletas e veículos de passeio, respectivamente.
- O fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas pode reduzir custos.
- A democratização do acesso à CNH pretende incluir mais pessoas no mercado de trabalho.
- O projeto ainda precisa de aprovação e regulamentação futuras.
Como funcionará a redução no custo da CNH?
O projeto do Ministério dos Transportes visa acabar com a obrigatoriedade das aulas em autoescolas. Isso não significa que as autoescolas deixarão de oferecer seus serviços, mas sim que eles serão opcionais. Atualmente, os candidatos são obrigados a completar pelo menos 20 horas de aula prática.
Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, eliminar essa obrigatoriedade permitirá uma inclusão maior de pessoas, especialmente em famílias que não podem arcar com o custo completo da habilitação.

Quais são os impactos sociais da redução?
A inclusão social é um dos principais benefícios esperados. Muitas famílias optam por habilitar apenas um membro devido aos custos, geralmente o homem, excluindo, frequentemente, as mulheres do processo. Isso reflete uma desigualdade que o projeto busca corrigir.
Países como Estados Unidos, Canadá e Japão já adotam práticas similares, permitindo aos cidadãos obterem suas habilitações sem as pesadas exigências práticas. O plano é criar um ambiente onde mais pessoas possam formalizar suas situações e terem maiores oportunidades profissionais.
Leia também: CNH para Idosos: Entenda os procedimentos da renovação
Segurança no trânsito: impactos da democratização do acesso à CNH
Dados do ministério mostram que 54% da população não dirige ou dirige sem habilitação. A possibilidade de obter a carteira de forma mais acessível tem o potencial de aumentar a segurança no trânsito, já que mais condutores poderão se formalizar adequadamente.
Atualmente, 45% dos proprietários de motocicletas pilotam sem CNH; na categoria B, este número é de 39%. A regulação ajudará a diminuir esses índices, aumentando a segurança para todos.
Próximos passos: o que esperar do projeto de redução da CNH
O andamento do projeto depende de uma avaliação prévia feita pela Casa Civil da Presidência da República. Se houver aprovação, caberá ao Contran estabelecer as normas pertinentes por meio de uma nova resolução.
- A aprovação do projeto pode revolucionar o acesso à CNH no Brasil.
- Regulamentação pendente será crucial para os detalhes finais.
- A inclusão de mais motoristas legalizados aumenta a segurança no trânsito.