No atual cenário econômico global, a disputa comercial entre Brasil, China e Estados Unidos se torna cada vez mais evidente. O professor Marcus Vinicius de Freitas, em entrevista recente, destacou como as tarifas elevadas impostas por Trump que chegam a China e ao Brasil, refletem uma estratégia geopolítica que tem impactos diretos sobre o comércio e a economia brasileira.
As tarifas elevadas criam um ambiente desafiador para os países que dependem do comércio internacional, e o Brasil não é exceção. Segundo Marcus, “as tarifas são uma forma de pressionar a China e, ao mesmo tempo, proteger interesses econômicos americanos”. Essa dinâmica exige que o Brasil reavalie suas relações comerciais e busque alternativas que fortaleçam sua posição no mercado global.
Tarifas de Trump expõem fragilidade de parcerias comerciais
O professor enfatiza a importância do Brasil em fortalecer laços comerciais com países do BRICS e do Sudeste Asiático. “Precisamos olhar para além do Ocidente e buscar parcerias que possam ajudar a diversificar nossas exportações e reduzir a dependência do mercado americano”, afirmou. O fortalecimento dessas relações pode proporcionar ao Brasil uma maior segurança econômica e uma plataforma para negociar melhores termos comerciais.
Para que o Brasil possa se proteger das pressões externas, Marcus defende a adoção de uma estratégia coesa de negociação. Ele observa que “é fundamental que o Brasil atue politicamente nos EUA para defender seus interesses econômicos e os empregos que dependem do comércio bilateral”. Essa abordagem estratégica pode ajudar a criar um ambiente mais favorável para o comércio brasileiro e garantir que as necessidades do país sejam atendidas.
Outro ponto crucial abordado pelo professor é a questão dos minerais críticos e terras raras. Esses recursos têm se tornado cada vez mais estratégicos no contexto de tecnologias emergentes e na transição energética global. Marcus destaca que “o Brasil possui um potencial significativo nessas áreas, e a exploração responsável desses recursos pode ser um motor para o crescimento econômico”.