Viajar de avião nas férias escolares é motivo de animação, mas também de atenção redobrada para famílias com alergias alimentares. Embora a ansiedade seja frequente, estudos recentes mostram que o risco real de reação alérgica durante voos é muito baixo.
- Dados apontam perfil de risco e frequência de alergias alimentares em viagens aéreas.
- Medidas de segurança adotadas pelas companhias aéreas ajudam a prevenir incidentes.
- Dicas essenciais para quem precisa se planejar ao viajar de avião com alergias.
Qual a segurança alimentar nos voos atualmente?
Com as férias escolares e o aumento de viagens de avião, cresce a preocupação de quem convive com alergias alimentares. De acordo com uma pesquisa global de 2024, 98% desses viajantes relataram sentir ansiedade antes do embarque.
Apesar desse receio, estatísticas revisadas em 2023 mostraram que apenas 7 passageiros a cada 10 milhões apresentaram reações alérgicas durante voos. Casos graves, com necessidade de adrenalina, ocorrem ainda menos: 8 vezes a cada 100 milhões de viajantes.
Essas evidências indicam que o ambiente de um avião pode ser, em muitos aspectos, menos arriscado para pessoas com alergias alimentares do que o convívio social diário.

A presença de alimentos alergênicos representa risco real?
Uma dúvida comum é se partículas de alérgenos alimentares, como o amendoim, ficam dispersas no ar durante o voo. Aeronaves modernas são equipadas com filtros de ar HEPA altamente eficazes, reduzindo partículas transportadas pelo ar — incluindo proteínas alimentares — rapidamente.
Estudos recentes aferiram que vestígios de amendoim são detectados apenas em concentrações quase insignificantes e por períodos curtos. Isso sugere risco mínimo de exposição suficiente para desencadear crises graves.
Reações leves, como irritações cutâneas, podem acontecer com contato direto com traços de comida. Contudo, eventos graves causados por contato superficial são raros.
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Como se preparar para viajar de avião com alergias alimentares?
Planejamento é essencial para quem tem alergias alimentares e vai viajar. Limpar superfícies do assento antes do embarque reduz riscos de contato. Carregar lanches próprios e evitar compartilhar alimentos ajuda muito.
Converse com passageiros próximos e comunique sempre a tripulação sobre a condição alérgica. Informe a companhia aérea no momento da reserva, permitindo que medidas especiais sejam tomadas.
- Carregue sempre medicamentos de emergência, como autoinjetor de adrenalina.
- Se possível, solicite opção de refeição especial ao reservar passagens.
- Verifique políticas de aéreos com antecedência para entender como agem em situações de alergia.
Atenção: Ao embarcar, tenha acesso imediato aos medicamentos e verifique com a tripulação como agir em caso de reação.
Especialistas, como a pesquisadora Jennifer Koplin, recomendam buscar informações atualizadas sobre políticas de segurança alimentar a bordo, aumentando a confiança para viajar com tranquilidade.
Como as companhias aéreas melhoram a segurança de passageiros alérgicos?
Empresas do setor aéreo investem em treinamentos recorrentes para suas equipes, capacitando-as a identificar e agir diante de reações alérgicas. Cardápios informativos e orientação clara também trazem confiança aos passageiros.
Oferecer campo para notificação antecipada de alergias na compra da passagem facilita ajustes operacionais, como limpeza reforçada e restrição de ingredientes específicos em determinados voos.
Essas medidas contribuem para tornar a viagem mais segura, reforçando o compromisso das empresas com o bem-estar de todos os passageiros.
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Principais aprendizados para viajar seguro com alergias alimentares
- O risco de reações alérgicas graves em voos comerciais é extremamente baixo, segundo estudos recentes.
- Companhias aéreas oferecem políticas e treinamentos específicos para lidar com passageiros com alergias alimentares.
- Preparação prévia, informação à companhia e medicamentos de emergência são fundamentais para um embarque mais seguro.