No ano de 2025, Santa Catarina implementou uma alteração relevante em sua política de salário mínimo regional, medida que afeta trabalhadores de distintas áreas produtivas. O ajuste mais recente foi oficializado para atender a dinamicidade do mercado, levando em conta as necessidades específicas do estado e o equilíbrio entre custo de vida e remuneração. Com o novo cenário, quem atua nas bases salariais regionais já sente diferenças em seu contracheque desde janeiro, data em que passou a valer o novo piso estadual.
A adoção do salário mínimo regional catarinense tem como um de seus principais objetivos adaptar os valores de referência à realidade socioeconômica local. Ele serve de parâmetro nos casos em que não exista uma convenção coletiva ou acordo sindical que estabeleça um salário-base próprio para determinada função. Desde sua criação, essa política busca assegurar melhores condições para segmentos do mercado que poderiam ficar desprotegidos pelas normas gerais.
Como os valores do salário mínimo regional de SC estão distribuídos?
Em 2025, o piso estabelecido foi reorganizado em quatro faixas, alinhando-se ao perfil de atividade de diversas categorias. Cada faixa contempla setores relevantes da economia estadual com um valor específico. Confira a divisão vigente:
- R$ 1.730,00: aplica-se a empregos ligados à agricultura, construção civil e ocupações como entregadores.
- R$ 1.792,00: direcionado para profissionais inseridos nas indústrias e comunicação.
- R$ 1.898,00: reservado a funções em setores como indústria química, alimentícia, cinematográfica e trabalhadores de comércio.
- R$ 1.978,00: destinado a quem atua nas áreas metalúrgica, gráfica, vidro, borracha, saúde, instituições de ensino, cultura e crédito.
Essa diferenciação adotada pelo estado leva em consideração as características de cada categoria, nível de responsabilidade e a realidade do setor contemplado.
De que forma o reajuste do piso afeta a vida de quem trabalha e emprega em Santa Catarina?
A elevação do piso salarial regional implica em mudanças para trabalhadores e empregadores de forma distinta. Para quem recebe salários nas faixas regionais, há impacto direto no valor recebido, melhorando a base de cálculo de benefícios como férias, 13º salário e adicionais obrigatórios. Por sua vez, empresas precisam ajustar sua política de remuneração para evitar irregularidades e multas trabalhistas.
O novo valor também pode refletir positivamente no dinamismo econômico local, já que ele tende a fortalecer a renda de setores essenciais, fomentando atividades comerciais e serviços em todo o estado. Para o empregador, estar em dia com o piso é fundamental na manutenção de um ambiente de trabalho saudável e na construção de relações sólidas com a equipe.
Por que existe o salário mínimo regional diferenciado em Santa Catarina?
A existência desse piso estadual atende a uma demanda antiga de setores econômicos que não se encaixam em pisos nacionais ou acordos sindicais próprios. Diferente do salário mínimo nacional, que estabelece um valor uniforme em todo o país, o regional atende às particularidades do estado, garantindo remuneração compatível com o contexto local. Santa Catarina, assim como outros poucos estados do Brasil, como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, opta por esse sistema para oferecer maior proteção a trabalhadores em funções estratégicas.
- O piso estadual não se sobrepõe a acordos coletivos mais vantajosos, servindo como complemento legal.
- Possibilita revisões frequentes por meio de negociações entre sindicatos e representantes de empregadores.
- Contribui para valorizar categorias menos organizadas e que poderiam receber abaixo do considerado ideal para a realidade local.
Dessa maneira, Santa Catarina utiliza o instrumento do mínimo regional como ferramenta para reduzir assimetrias salariais e proporcionar mais equilíbrio em seu mercado de trabalho.

Como a atualização do salário mínimo impacta os benefícios do trabalhador?
Todos os direitos vinculados ao rendimento mensal têm sua base calculada a partir do salário mínimo regional quando não existe piso específico. Isso significa que o novo valor serve como ponto de partida para determinar férias, gratificações anuais e pagamentos de adicionais, promovendo maior segurança e previsibilidade para os empregados.
- O cálculo de férias é realizado sobre o novo piso vigente, elevando proporcionalmente o valor recebido nesse período.
- O décimo terceiro acompanha o reajuste, resultando em aumento do abono anual para quem está vinculado ao mínimo estadual.
- Horas extras e adicionais obrigatórios, como insalubridade e periculosidade, são ajustados conforme a faixa salarial do trabalhador.
Essas alterações asseguram maior proteção econômica, especialmente nas categorias que não contam com representação sindical ativa ou convenções coletivas específicas.
Como empresas podem se adaptar ao novo salário regional?
Com as alterações sancionadas, negócios de todos os segmentos devem revisar suas folhas de pagamento e reavaliar contratos para garantir a adequação à legislação vigente. Implantar controles eficientes sobre o enquadramento de cada função torna-se fundamental para evitar passivos trabalhistas que possam surgir em auditorias ou fiscalizações.
- Atualizar sistemas de RH para refletir as normas do novo piso.
- Promover campanhas internas para orientar lideranças a respeito do correto enquadramento dos quadros funcionais.
- Manter diálogo aberto com sindicatos e órgãos competentes para esclarecimentos.
Ao se manterem em conformidade, as empresas contribuem para um ambiente de trabalho mais justo e competitivo, além de fortalecerem a imagem institucional perante colaboradores e sociedade em geral. O respeito ao piso regional é um passo relevante para manter relações profissionais transparentes no contexto catarinense em 2025.