O economista Bruno Corano destacou, em uma análise recente, os primeiros sinais de pressão tarifária nos Estados Unidos, apontando que o aumento de tarifas pode desencadear um novo ciclo inflacionário ainda em 2025. Segundo ele, essas medidas já começam a afetar o custo de vida dos americanos, elevando o índice de preços ao consumidor (CPI).
“As tarifas elevadas estão começando a impactar o custo de vida e, consequentemente, o índice de preços ao consumidor”, afirma Corano.
Aumento das tarifas terá impacto gradual, mas relevante
Corano ressalta que os efeitos das tarifas não são imediatos, mas se acumulam ao longo do tempo, criando uma espécie de efeito cascata na economia.
“As tarifas não afetam apenas o preço imediato dos produtos, mas influenciam diversos setores”, explica.
Indústrias que dependem de insumos importados poderão ver um aumento nos custos de produção, o que deve ser repassado aos consumidores. Isso pressiona os preços em cadeia e alimenta o risco inflacionário.
Inflação nos EUA pode afetar toda a economia global
O cenário inflacionário norte-americano tem implicações globais. Segundo Corano, “o que acontece na maior economia do mundo pode ter repercussões sérias na economia global”.
Países com laços comerciais com os EUA — como Brasil, China e União Europeia — devem sentir os reflexos dessa política tarifária. O resultado pode ser uma desaceleração do comércio internacional e, em última instância, o enfraquecimento do crescimento econômico em diversas regiões.
Como isso afeta a economia do Brasil?
No Brasil, a situação já é desafiadora. A inflação elevada e os juros altos tornam o país ainda mais vulnerável a choques externos.
“O Brasil pode ser particularmente sensível ao aumento das tarifas nos EUA, pois já enfrenta pressões inflacionárias internas”, alerta Corano.
Essa combinação pode atrasar a recuperação econômica brasileira, limitando a margem de manobra do Banco Central e elevando o custo do crédito.
Estratégias de investimento em períodos de incerteza
Para os investidores, o cenário exige cautela e diversificação. Corano recomenda uma estratégia focada em ativos mais resilientes à inflação, como:
Commodities
Setor de energia
Investimentos atrelados ao IPCA
“Em um ambiente incerto, diversificar é essencial. Alguns ativos se valorizam com a inflação”, explica o economista.
Perspectivas macroeconômicas e decisões do Federal Reserve
A expectativa para os próximos meses é de maior volatilidade nos mercados e ajustes nas políticas monetárias, especialmente por parte do Federal Reserve.
“Investidores devem ficar atentos às decisões do