Existem diferentes versões sobre a origem do coquetel Margarita, bebida símbolo do México e popular em diversos países até hoje. A trajetória do drinque acompanha a história do consumo da tequila, destilado base da receita, e carrega consigo um enigma que instiga tanto bartenders quanto apreciadores dessa clássica mistura.
Embora não exista um consenso sobre quem de fato criou a Margarita, diversas narrativas apontam para a década de 1940. O coquetel, feito tradicionalmente com tequila, licor de laranja e suco de limão, rapidamente conquistou admiradores após seu surgimento em bares mexicanos, tornando-se um símbolo da cultura boêmia e das celebrações no país latino-americano.
Como surgiu a Margarita?
A história da Margarita envolve diferentes personagens e estabelecimentos, sendo comum encontrar relatos sobre o drinque ter sido criado para homenagear uma mulher chamada Margarita. Um dos contos mais populares credita a invenção a Carlos “Danny” Herrera, dono de um bar na Baja California, por volta de 1938, que teria preparado a mistura para atender ao gosto da dançarina americana Marjorie King, alérgica a muitos destilados, exceto tequila.
Outra hipótese sugere que o coquetel teria sido desenvolvido em 1942 no lendário bar Hussong’s Cantina, em Ensenada. De acordo com essa versão, o bartender Juan Delgado teria atendido uma cliente chamada Margarita Henkel e decidido dar o nome dela ao novo preparo. Há ainda registros sobre Margarita Sames, socialite do Texas, que em 1948 teria servido a receita em festas particulares — e a partir daí disseminado sua popularidade entre a elite dos Estados Unidos.
Por que a Margarita se tornou tão popular?
A combinação de sabores e a identidade visual marcante fizeram da Margarita um verdadeiro clássico nas cartas de bares e restaurantes. O uso de tequila como principal ingrediente traz forte ligação com as raízes mexicanas, enquanto o licor de laranja e o toque cítrico do limão tornam a bebida refrescante e apreciada em diferentes climas e ocasiões.
- A praticidade do preparo contribuiu para sua difusão em festas e celebrações.
- O copo com borda de sal, elemento visual característico, agrega charme e realça o sabor.
- Versões com frutas e variações de ingredientes surgiram ao longo dos anos, mantendo o coquetel relevante.
O sucesso internacional da Margarita acompanha também a expansão da tequila no cenário global, especialmente a partir da segunda metade do século XX, quando marcas mexicanas começaram a exportar o destilado para outros continentes.
Quais os ingredientes e o modo de preparo da Margarita tradicional?
A receita clássica do coquetel que conquistou o mundo mantém a simplicidade e o equilíbrio de sabores. Para preparar a Margarita tradicional, basta reunir os seguintes ingredientes:
- 50 ml de tequila
- 25 ml de licor de laranja (triple sec, Cointreau ou Curaçao)
- 25 ml de suco de limão fresco
- Gelo
- Sal para decorar a borda do copo
- Fatia de limão para enfeitar
O preparo envolve umedecer a borda do copo com limão e passá-la no sal. Em seguida, adiciona-se os ingredientes em uma coqueteleira com gelo, agita-se bem e serve-se coado no copo decorado. Outras variações, como a Margarita frozen, batida no liquidificador com gelo triturado, também são bastante populares em festas e bares temáticos.
Qual o legado cultural da Margarita para o México?

Reconhecida como um dos principais coquetéis ligados ao México, a Margarita representa mais do que apenas uma bebida alcoólica. Sua trajetória ilustra aspectos culturais relevantes, como a criatividade dos bartenders mexicanos, a hospitalidade presente nos bares do país e a valorização de ingredientes típicos nacionais.
Presente em celebrações como o Dia dos Mortos e festividades familiares, o drinque perpetua uma tradição que vai além das fronteiras mexicanas. A Margarita, mais do que uma combinação de tequila, limão e licor de laranja, tornou-se parte integral da identidade gastronômica do México e segue brindando momentos em diferentes partes do mundo.