No Brasil, surgiram recentemente questionamentos sobre possíveis mudanças nas categorias de habilitação conduzidos por informações divulgadas a partir da nova Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Especulações sugeriam a criação de subcategorias relacionadas à cilindrada, câmbio manual ou automático e ao perfil dos condutores, o que gerou dúvidas quanto à necessidade de adequação ou mudança de categoria pelos motoristas.
A respeito dessas dúvidas, é importante esclarecer que as categorias para condutores de veículos não foram alteradas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) em 2025. O que mudou foi o formato do documento, que passou a apresentar uma tabela padronizada internacionalmente, pensada para facilitar a fiscalização por autoridades de trânsito de outros países, em viagens ou translados internacionais.
O que significam as categorias da CNH no Brasil?
As categorias existentes e válidas seguem definidas por cinco letras: A, B, C, D e E. Cada uma delas corresponde a um tipo de veículo e habilita o condutor para determinadas funções. A categoria A refere-se a motocicletas, enquanto a B contempla automóveis de passeio. A categoria C abrange veículos de carga, a D permite dirigir veículos de transporte coletivo de passageiros e a E habilita para condução de veículos com unidade acoplada, como carretas ou reboques.
No novo formato da CNH, a identificação da categoria permanece facilmente localizada na “primeira dobra” do documento, no campo “Cat.Hab.”, ao lado direito. Embora a segunda metade da habilitação exiba uma tabela de códigos utilizada em diversos países, ela serve apenas para fins de padronização e não impõe mudanças práticas à rotina dos motoristas brasileiros.

Por que a nova CNH traz uma tabela internacional na habilitação?
A presença da tabela com códigos internacionais na segunda parte da CNH brasileira tem como finalidade principal a integração com padrões adotados em outros países. Esse recurso facilita o reconhecimento e a fiscalização do documento por autoridades estrangeiras, sendo especialmente útil em viagens internacionais, processos de imigração ou aluguel de veículos fora do Brasil.
- Padrão internacional: A tabela segue convenções mundialmente aceitas.
- Facilidade de interpretação: Permite a leitura rápida das categorias por agentes de trânsito estrangeiros.
- Validade da CNH: A validade do documento agora também está destacada junto à linha da categoria correspondente.
Os motoristas precisam atualizar a categoria da CNH devido à nova tabela?
Muitos motoristas manifestaram preocupação sobre a necessidade de realizar novos exames – teórico ou prático – para se adequar às supostas “novas” categorias da habilitação. Contudo, não há qualquer determinação vigente exigindo que condutores atualizem ou transformem suas habilitações por conta da implementação dos códigos internacionais. Segundo membros do próprio Contran, as alterações são meramente administrativas e não provocam impacto no cotidiano dos motoristas brasileiros.
- Não há subcategorias: Não existe distinção formal entre veículos automáticos ou manuais, nem entre motos de diferentes cilindradas.
- Sem novos testes: Não é necessário submeter-se novamente a exames.
- Continuidade das letras: As categorias nacionais permanecem como A, B, C, D e E.
Como consultar a validade e categoria na nova CNH?
A validade da nova CNH pode ser conferida facilmente na tabela impressa no documento. Ela fica alinhada com a linha da respectiva categoria do condutor, permitindo uma rápida verificação tanto para motoristas quanto para agentes de fiscalização. O procedimento de verificação não foi alterado e pode ser feito visualmente, sem necessidade de consulta a sistemas eletrônicos.
Em resumo, a adoção desse modelo de CNH representa um passo do trânsito brasileiro rumo à harmonização com normas internacionais, sem mudanças práticas para quem já possui habilitação. As categorias de condutores continuam estáveis, e nenhuma ação extra é exigida dos motoristas em relação à mudança ou atualização de categoria em função da nova tabela presente no documento.