O mochi de morango, conhecido no Japão como ichigo daifuku, é um doce que conquistou paladares ao redor do mundo. Com sua textura macia e recheio delicado, esse quitute tornou-se símbolo da confeitaria japonesa moderna. Mas, afinal, quem foi responsável pela criação desse doce que se tornou tão popular?
O surgimento do mochi de morango está diretamente ligado à evolução das sobremesas japonesas nas últimas décadas do século XX. Embora o mochi tradicional exista há séculos, a combinação com morango fresco e pasta de feijão doce representa uma inovação recente na cultura gastronômica do Japão.
Como surgiu o mochi de morango?
O mochi de morango foi criado no início da década de 1980, período em que a confeitaria japonesa buscava novas formas de atrair consumidores. A ideia de envolver um morango inteiro em pasta de feijão azuki e depois cobri-lo com massa de arroz glutinosa foi considerada ousada para a época. O resultado foi um doce que unia tradição e modernidade, rapidamente ganhando destaque em lojas especializadas.
Segundo registros históricos, a confeitaria Toraya, localizada em Tóquio, é frequentemente citada como uma das pioneiras na produção do ichigo daifuku. No entanto, outras docerias, como a Seikanin e a Okano Eisen, também reivindicam a autoria da receita. Essa disputa reflete o interesse crescente por inovações na culinária japonesa durante os anos 1980.
Quem foi o criador do ichigo daifuku?
A autoria exata do mochi de morango ainda é tema de debate entre especialistas em gastronomia japonesa. O nome mais citado é o do confeiteiro Yoshihiro Nakano, que trabalhava na confeitaria Seikanin em Tóquio. Em 1985, Nakano teria apresentado a sobremesa durante a temporada de morangos, buscando oferecer algo novo aos clientes. A partir desse lançamento, o doce rapidamente se espalhou por todo o país.
Apesar das diferentes versões sobre sua origem, é consenso que o mochi de morango foi criado no Japão, por volta de 1985, em resposta à demanda por doces inovadores e sazonais. O sucesso imediato do ichigo daifuku fez com que outras confeitarias passassem a produzir suas próprias versões, tornando o doce um clássico da primavera japonesa.
Por que o mochi de morango se tornou tão popular?
O sucesso do mochi de morango pode ser atribuído a diversos fatores. Em primeiro lugar, a combinação de texturas e sabores – o frescor do morango, a doçura da pasta de feijão e a maciez do mochi – agrada a diferentes paladares. Além disso, o visual colorido e delicado do doce chama a atenção em vitrines e festas tradicionais.
- Inovação: O ichigo daifuku representa uma reinvenção do tradicional mochi, trazendo um ingrediente fresco e sazonal.
- Praticidade: O doce é fácil de consumir e pode ser encontrado em diversas versões, inclusive com recheios alternativos.
- Simbolismo: O morango é associado à chegada da primavera no Japão, tornando o doce ainda mais especial nessa época do ano.
Com o passar dos anos, o mochi de morango ultrapassou as fronteiras do Japão e passou a ser apreciado em outros países, especialmente em confeitarias especializadas em doces orientais. Hoje, é possível encontrar variações com diferentes tipos de frutas e recheios, mostrando a versatilidade dessa iguaria.
Como é feito o mochi de morango?

O preparo do mochi de morango envolve alguns passos essenciais para garantir a textura e o sabor característicos. A seguir, um resumo do processo tradicional:
- Lava-se e seca-se o morango, retirando as folhas.
- Envolve-se o morango em uma camada fina de pasta de feijão azuki adoçada.
- Prepara-se a massa de mochi a partir de arroz glutinoso cozido e amassado até atingir uma consistência elástica.
- Abre-se a massa em pequenos discos e envolve-se o morango já coberto com a pasta de feijão.
- Finaliza-se modelando o doce e, se desejado, polvilhando um pouco de amido para evitar que grude.
Essa técnica, embora pareça simples, exige habilidade para garantir que o mochi fique macio e não se rompa durante o manuseio. Por isso, muitos consumidores preferem adquirir o doce pronto em confeitarias especializadas.
O mochi de morango, desde sua criação nos anos 1980, permanece como um dos doces mais representativos da confeitaria japonesa contemporânea. Sua história ilustra como a tradição pode se reinventar, agradando tanto aos amantes de sabores clássicos quanto aos que buscam novidades.