O prazo para a entrega da Declaração Anual do Simples Nacional do Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI) terminou em 31 de maio de 2025. Muitos microempreendedores individuais (MEIs) ainda têm dúvidas sobre as consequências do atraso e os procedimentos necessários para regularizar a situação junto à Receita Federal. A declaração anual é uma obrigação fundamental para manter o CNPJ ativo e garantir o acesso a diversos benefícios.
Mesmo para quem não teve faturamento no ano anterior, o envio da DASN-SIMEI é obrigatório. O descumprimento desse compromisso pode trazer uma série de restrições ao negócio, afetando desde a emissão de notas fiscais até a obtenção de crédito e participação em programas de apoio financeiro.
O que acontece se o MEI não entregar a DASN-SIMEI no prazo?
O atraso na entrega da declaração anual do MEI resulta em consequências diretas para o CNPJ. O microempreendedor inadimplente pode ter o CNPJ suspenso ou até mesmo cancelado, ficando impedido de emitir notas fiscais e de obter certidões negativas. Esses documentos são essenciais para operações comerciais, participação em licitações e acesso a linhas de crédito.
Além disso, a falta de regularização pode dificultar o acesso a empréstimos, microcrédito e programas governamentais de incentivo. Muitos MEIs acabam recorrendo ao cartão de crédito pessoal, o que pode comprometer ainda mais a saúde financeira do negócio. Por isso, manter a situação fiscal em dia é fundamental para garantir a continuidade das atividades e evitar complicações futuras.
Como regularizar a declaração anual do MEI atrasada?
Para quem perdeu o prazo da DASN-SIMEI, é possível regularizar a situação acessando o Portal do Simples Nacional. O envio da declaração pode ser feito mesmo que o faturamento do ano anterior tenha sido zero. Após o envio, o sistema gera automaticamente uma multa por atraso, com valor mínimo de R$ 50,00. Se o pagamento for realizado dentro do prazo estipulado, é possível obter desconto de até 50% no valor da multa.
- Acesse o Portal do Simples Nacional;
- Preencha e envie a declaração referente ao ano pendente;
- Emita a guia de multa gerada pelo sistema;
- Efetue o pagamento da multa para regularizar o CNPJ.
Além do portal oficial, existem aplicativos e plataformas que facilitam o envio da declaração e a regularização de pendências, reunindo diversos serviços para o microempreendedor.

Quais são as opções para pagamento de débitos ?
Se houver débitos relacionados ao Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), o MEI pode acessar o Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional do Microempreendedor Individual (PGMEI) para emitir as guias atualizadas. Caso não seja possível quitar o valor integral, a Receita Federal permite o parcelamento em até 60 vezes, facilitando a regularização financeira.
- Consulte os débitos pendentes no PGMEI;
- Emita as guias para pagamento à vista ou solicite o parcelamento;
- Realize os pagamentos conforme o acordo estabelecido;
- Acompanhe a situação do CNPJ para garantir a regularização.
O parcelamento é uma alternativa importante para quem enfrenta dificuldades financeiras, permitindo que o microempreendedor mantenha o CNPJ ativo e evite restrições.
Por que manter a regularidade da DASN-SIMEI é essencial para o MEI?
Estar em dia com a declaração anual garante ao microempreendedor o acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio por incapacidade temporária e licença-maternidade. Além disso, facilita a obtenção de crédito, participação em programas de incentivo e manutenção da regularidade do negócio.
Quanto mais rápido o MEI regularizar sua situação, menores serão os impactos negativos para o empreendimento. A regularidade fiscal contribui para a estabilidade e o crescimento sustentável da empresa, permitindo que o microempreendedor aproveite todas as vantagens oferecidas pelo regime do Simples Nacional.