O comércio eletrônico segue em franca expansão no Brasil e no mundo, impulsionando a praticidade das compras online, mas também atraindo a atenção de fraudadores digitais. Entre os golpes mais recorrentes e preocupantes estão atualmente a invasão cadastral e a virada de saldo, que afetam tanto consumidores quanto lojistas virtuais. Compreender como essas fraudes funcionam e quais medidas podem ser adotadas para minimizar riscos é fundamental para garantir a segurança nas transações digitais.
A invasão cadastral ocorre quando criminosos obtêm acesso não autorizado a contas de usuários em plataformas de e-commerce, utilizando métodos como phishing, engenharia social ou exploração de falhas de segurança. Já a virada de saldo envolve a conversão indevida de créditos virtuais em dinheiro ou produtos, aproveitando brechas nos sistemas das lojas virtuais. Ambas as práticas trazem prejuízos financeiros e comprometem a confiança no ambiente digital.
Como funciona a invasão cadastral no e-commerce?
O golpe de invasão cadastral se caracteriza pelo acesso indevido à conta de um usuário em sites de compras online. Os fraudadores utilizam diferentes estratégias para obter as credenciais de acesso, como envio de e-mails falsos, criação de páginas fraudulentas ou exploração de dados vazados. Uma vez dentro da conta, é comum que alterem informações pessoais, adicionem novos cartões de crédito e realizem compras ou solicitem reembolsos em nome da vítima.
Entre os principais sinais de que uma conta pode ter sido invadida estão:
- Mudanças inesperadas em dados cadastrais, como e-mail ou endereço;
- Inclusão de métodos de pagamento desconhecidos;
- Notificações de login em dispositivos ou locais incomuns;
- Pedidos ou movimentações não reconhecidas no histórico da conta.
Para as lojas virtuais, a invasão cadastral representa um desafio adicional, pois o fraudador costuma agir de maneira semelhante ao usuário legítimo, dificultando a detecção automática do golpe pelos sistemas antifraude.

O que é a virada de saldo e por que ela preocupa o varejo digital?
A virada de saldo é uma fraude que explora créditos virtuais, como gift cards, recargas ou saldos de marketplaces, obtidos de forma ilícita. Os criminosos utilizam esses créditos para adquirir produtos ou transferi-los rapidamente, antes que o golpe seja identificado. Muitas vezes, os valores são resgatados em horários de baixo movimento, como durante a madrugada, aproveitando a menor vigilância das equipes de prevenção.
De acordo com levantamentos recentes, a virada de saldo foi responsável por mais de 60% das fraudes em determinadas regiões do Brasil em 2024, demonstrando sua relevância no cenário atual. O golpe pode envolver o uso de cartões clonados, CNPJs falsos e transações internacionais, dificultando o rastreamento e a reversão das operações fraudulentas.
- Uso atípico de grandes quantias de crédito;
- Resgates imediatos após a adição de saldo;
- Envio de produtos para endereços ou empresas não relacionados à conta original;
- Atividades suspeitas em horários incomuns.
O impacto para o varejista é significativo, pois além do prejuízo financeiro, há o risco de perda de reputação e aumento de processos de chargeback.
Quais práticas ajudam a prevenir golpes no e-commerce?
A adoção de medidas preventivas é essencial para reduzir a incidência de fraudes como invasão cadastral e virada de saldo. Para os consumidores, recomenda-se:
- Utilizar senhas fortes e diferentes para cada plataforma;
- Ativar a autenticação em dois fatores sempre que possível;
- Evitar clicar em links suspeitos recebidos por e-mail ou mensagens;
- Monitorar regularmente o histórico de compras e notificações de login;
- Manter os dados de recuperação e contato sempre atualizados.
Já para as lojas virtuais, algumas estratégias eficazes incluem:
- Implementação de sistemas antifraude baseados em inteligência artificial;
- Análise manual de transações consideradas suspeitas, especialmente em horários críticos;
- Verificação adicional em operações de resgate de saldo ou emissão de gift cards;
- Monitoramento de dispositivos, IPs e localização geográfica para identificar acessos anômalos;
- Promoção de campanhas educativas sobre segurança digital para clientes e colaboradores.
Quais são os impactos dessas fraudes para consumidores e empresas?
Os efeitos dos golpes de invasão cadastral e virada de saldo vão além das perdas financeiras imediatas. Para os consumidores, existe o risco de exposição de dados pessoais, dificuldades para recuperar o acesso às contas e necessidade de recorrer a orientações legais. Já para os lojistas, os prejuízos incluem custos com chargebacks, envio de mercadorias sem pagamento, retrabalho no atendimento ao cliente e danos à reputação da marca.
Em 2025, o cenário brasileiro mostra que a sofisticação dos golpes digitais exige atenção constante de todos os envolvidos no comércio eletrônico. A colaboração entre usuários, empresas e especialistas em segurança é fundamental para criar um ambiente mais protegido e confiável.
Como aumentar a segurança no e-commerce diante de novas ameaças?
Com a evolução das técnicas utilizadas por fraudadores, é importante que tanto consumidores quanto lojistas estejam atentos às tendências e atualizações em segurança digital. A consulta a relatórios especializados, como o Mapa da Fraude 2024, e a busca por informações em fontes confiáveis ajudam a identificar padrões de ataque e aprimorar os mecanismos de defesa.
O conhecimento sobre os principais golpes, aliado à implementação de boas práticas, contribui para a redução dos riscos e para a construção de um ambiente de compras online mais seguro para todos. A atenção aos detalhes e a atualização constante são aliados indispensáveis na prevenção de fraudes no e-commerce.