Na última semana, uma instabilidade significativa afetou a internet em diversas regiões do mundo, incluindo grandes cidades brasileiras como São Paulo. O episódio chamou a atenção devido ao impacto em serviços essenciais, especialmente aqueles ligados ao Google, como Gmail, Google Drive e Google Meet. A interrupção, que ocorreu na quinta-feira, 12 de junho de 2025, deixou milhões de usuários sem acesso a ferramentas fundamentais para o trabalho e a comunicação.
Após o ocorrido, o Google se manifestou publicamente, reconhecendo a falha e explicando as causas do problema. Segundo a empresa, o incidente foi resultado de um erro interno relacionado ao Google Cloud, plataforma de computação em nuvem da companhia. O problema evidenciou a dependência global de infraestruturas digitais robustas e a necessidade de práticas eficientes para evitar interrupções desse porte.
O que causou a queda da internet em serviços do Google?
De acordo com o relatório divulgado pelo Google, a origem da falha está ligada à implementação de um novo recurso chamado “verificações de políticas de cotas” no Google Cloud. Esse mecanismo foi criado para analisar solicitações automatizadas que chegam aos sistemas da empresa. No entanto, a ferramenta não passou por testes suficientes em situações reais, o que acabou gerando entradas de dados inesperadas nos bancos de dados da companhia.
Essas entradas, descritas como “em branco”, foram distribuídas para todos os data centers do Google Cloud ao redor do mundo. O resultado foi uma sobrecarga nos sistemas, levando à interrupção de diversos serviços online. Embora a equipe técnica tenha identificado e corrigido o erro em cerca de dez minutos, o impacto persistiu por aproximadamente sete horas em algumas regiões, devido à complexidade e ao tamanho da infraestrutura afetada.
Quais práticas poderiam ter evitado o problema?
Especialistas do setor de tecnologia apontaram que a ausência de uma prática conhecida como “sinalizadores de recursos” contribuiu para a gravidade do incidente. Esse método permite que novas funcionalidades sejam implementadas de forma gradual, possibilitando a identificação de falhas em ambientes controlados antes de um lançamento global. Caso essa abordagem tivesse sido adotada, seria possível detectar o erro nas entradas do banco de dados em fases iniciais, minimizando o risco de uma interrupção em larga escala.
- Sinalizadores de recursos: permitem lançamentos controlados e monitoramento de erros.
- Testes em ambientes reais: ajudam a antecipar comportamentos inesperados dos sistemas.
- Monitoramento contínuo: possibilita respostas rápidas a incidentes e limita o impacto em usuários finais.
Como o Google respondeu ao incidente e quais medidas serão tomadas?

Após o episódio, o Google divulgou um pedido formal de desculpas aos clientes e usuários afetados. A empresa reconheceu a responsabilidade pelo erro e afirmou estar comprometida em aprimorar seus processos internos. Entre as ações anunciadas, destacam-se a revisão da arquitetura dos sistemas para garantir maior resiliência e a implementação de auditorias em todos os serviços oferecidos pela plataforma Google Cloud.
Além disso, a companhia prometeu melhorar a comunicação com os clientes, tanto por meio de canais automatizados quanto humanos, para garantir que informações sobre possíveis falhas sejam transmitidas de forma ágil e transparente. O objetivo é restaurar a confiança dos usuários e evitar que incidentes semelhantes voltem a ocorrer no futuro.
O que muda para os usuários e empresas após a falha global?
O incidente serviu como alerta para empresas e usuários sobre a importância de estratégias de contingência e da diversificação de fornecedores de serviços digitais. Organizações que dependem fortemente de soluções em nuvem passaram a revisar seus planos de continuidade de negócios, buscando alternativas para mitigar riscos em caso de novas interrupções.
- Revisão de contratos com provedores de nuvem.
- Implementação de backups e redundância de sistemas.
- Monitoramento constante de serviços críticos.
Com a crescente digitalização de processos, eventos como o registrado em junho de 2025 reforçam a necessidade de infraestrutura tecnológica robusta e de práticas preventivas. O Google, por sua vez, segue sob observação do mercado e dos usuários, que aguardam a efetivação das melhorias prometidas para garantir maior estabilidade e segurança em seus serviços.