O cenário empresarial brasileiro tem apresentado mudanças significativas nos primeiros meses de 2025, especialmente no que diz respeito à criação de pequenos negócios. Entre janeiro e maio, o país contabilizou mais de 2,2 milhões de novas empresas de pequeno porte, incluindo microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. Esse volume representa um crescimento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando uma movimentação relevante no ambiente de negócios nacional.
O levantamento, realizado com base em dados da Receita Federal, revela que os pequenos negócios continuam sendo o principal motor de geração de empregos e renda no Brasil. A participação dessas empresas no total de novos registros empresariais ultrapassa 97%, reforçando a importância desse segmento para a economia. O aumento no número de aberturas sugere que há confiança nas medidas econômicas e no ambiente de negócios atual.
Quais são os tipos de pequenos negócios mais abertos no Brasil?
Os microempreendedores individuais (MEI) continuam liderando a abertura de empresas no país, representando cerca de 77% dos novos registros entre janeiro e maio de 2025. Em seguida, aparecem as microempresas (ME), com aproximadamente 18%, e as empresas de pequeno porte (EPP), que somam pouco mais de 4% das novas aberturas. Essa distribuição mostra a preferência dos brasileiros por modelos empresariais mais enxutos e de fácil formalização.
O destaque para os MEIs pode ser explicado pela simplicidade do processo de abertura, custos reduzidos e possibilidade de atuação em diversos setores. Além disso, o modelo MEI facilita a regularização de profissionais autônomos e pequenos prestadores de serviço, ampliando o acesso a benefícios previdenciários e linhas de crédito específicas.
Quais setores mais se destacam na criação de pequenos negócios?
O setor de serviços lidera o ranking de novos pequenos negócios em 2025, com um crescimento superior a 30% no número de MEIs em comparação ao ano anterior. Esse segmento abrange atividades como entregas, transporte, publicidade, saúde e serviços administrativos. Em maio, mais de 260 mil novos negócios foram abertos no setor de serviços, representando quase dois terços do total mensal.
- Serviços: Inclui atividades de entrega, transporte, publicidade, saúde e apoio administrativo.
- Comércio: Responde por mais de 21% das novas empresas, com destaque para o varejo e atacado.
- Indústria da transformação: Representa cerca de 7,5% das aberturas, abrangendo pequenas fábricas e oficinas.
- Construção: Aproxima-se de 7% do total, incluindo reformas, obras e manutenção predial.
Entre as atividades com maior número de registros em maio, destacam-se os serviços de entrega e transporte rodoviário de carga, além de publicidade e serviços de saúde. Essa diversidade reflete as demandas atuais do mercado e as oportunidades identificadas pelos empreendedores.

Quais estados lideram a abertura de pequenos negócios?
São Paulo permanece como o estado com maior número de novos pequenos negócios, respondendo por quase 29% dos registros nacionais até maio de 2025. Minas Gerais e Rio de Janeiro aparecem na sequência, com 10,7% e 7,9%, respectivamente. Esses estados concentram grande parte da atividade econômica do país e oferecem infraestrutura e mercado consumidor favoráveis ao empreendedorismo no Brasil.
- São Paulo: 28,8% dos novos registros
- Minas Gerais: 10,7%
- Rio de Janeiro: 7,9%
O avanço na formalização de pequenos negócios nessas regiões contribui para a geração de empregos e movimentação da economia local. A presença de grandes centros urbanos e polos industriais facilita o surgimento de novas oportunidades e incentiva a diversificação de atividades.
Como os pequenos negócios impactam a economia no Brasil?
Os pequenos negócios têm papel fundamental na geração de empregos, sendo responsáveis por mais de 60% das vagas formais no Brasil. Além disso, contribuem com cerca de 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB), demonstrando sua relevância para o desenvolvimento econômico e social. O crescimento constante desse segmento indica uma tendência de fortalecimento do empreendedorismo e da inclusão produtiva no Brasil.
O aumento no número de microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte reflete não apenas a busca por autonomia profissional, mas também a adaptação às transformações do mercado de trabalho. A formalização desses negócios amplia o acesso a direitos trabalhistas, crédito e incentivos, estimulando a inovação e a competitividade.
Com o cenário positivo observado em 2025, espera-se que os pequenos negócios continuem desempenhando papel estratégico na economia brasileira, impulsionando a geração de renda, a inclusão social e o desenvolvimento regional.