• MENU
    • Programação
    • Mercado & Beyond
    • Mercado Internacional
    • Investimentos
    • Economia
    • Economia POP
    • Mercados
    • Opinião
    • Educação
    • Vídeos
  • Anuncie na BM&C NEWS
  • Fale conosco
  • Política de Privacidade
  • Termos de uso
  • Sobre a BM&C NEWS
sábado, setembro 13, 2025
Bm&c news
728x90
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • Negócios
  • Análises
  • Economia
    • Investimentos
  • Gastronomia
Sem resultado
Veja todos os resultados
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • Negócios
  • Análises
  • Economia
    • Investimentos
  • Gastronomia
Sem resultado
Veja todos os resultados
BM&C NEWS
Sem resultado
Veja todos os resultados
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • Negócios
  • Análises
  • Economia
  • Gastronomia
Início Análises

Choque elétrico: como a estratégia da China pressiona a indústria brasileira

Por Fabio Ongaro
3 de junho de 2025
Em Análises
EnviarEnviarCompartilhar

Foi só uma tesourada. Mas dessas que ecoam. A BYD, gigante chinesa da mobilidade elétrica, anunciou cortes de até 35% em mais de 20 modelos. O Seagull, compacto elétrico, foi rebaixado à faixa dos USD 7.500, algo próximo de R$ 38 mil. O Seal O7, sedã de ambições globais, perdeu USD 6.900 do valor de tabela. Para quem olha apenas a etiqueta, parece liquidação. Para quem enxerga o tabuleiro, é ofensiva militar.

Em menos de 48 horas, concorrentes como Changan e Leapmotor seguiram o movimento. As bolsas tremeram: BYD caiu 8,3% em Hong Kong, Geely perdeu 7%, Xpeng recuou 4% e Nio, 3%. Não se trata apenas de uma guerra de preços, mas do estopim de uma nova geografia automotiva mundial.

Hoje, a indústria automotiva chinesa opera com o dobro da capacidade que o mercado doméstico consegue absorver. São mais de 50 milhões de carros possíveis para um mercado de 25 milhões de compradores. E a conta não fecha, a não ser que a produção vaze para outros continentes, como já está acontecendo.

Na ausência de crescimento interno, as montadoras chinesas precisam de oxigênio externo. E não é coincidência que a BYD tenha apostado no Brasil como um dos pulmões. A fábrica em Camaçari, na Bahia, com investimento de R$ 3 bilhões, não é gesto isolado. É a âncora de uma estratégia global: produzir localmente para contornar barreiras tarifárias, ganhar escala e aplicar a mesma lógica que funciona em Shenzhen, volume brutal, margem mínima, domínio absoluto.

Notícias Em Alta

Foto: depositphotos.com / ch_ch

“Inflação acima do esperado reacende cautela nos mercados”, diz especialista

12 de setembro de 2025
"Bolsonaro busca alternativas jurídicas, mas cenário segue restrito", avalia jurista

“Bolsonaro busca alternativas jurídicas, mas cenário segue restrito”, avalia jurista

12 de setembro de 2025

O Brasil no espelho retrovisor

O Brasil vendeu, em 2024, 2,3 milhões de veículos leves. Só 2,8% foram elétricos. Parece pouco. Mas esse volume cresceu mais de 90% em dois anos. E está prestes a se transformar em um novo campo de disputa, não por escolha nossa, mas por inércia diante do que vem.

Se a tendência chinesa for aplicada aqui, é razoável esperar que modelos como o BYD Dolphin, hoje custando R$ 149 mil, sejam oferecidos em breve por R$ 110 mil ou menos. E que o Seagull possa desembarcar abaixo dos R$ 90 mil, ultrapassando com folga os limites de preço que há décadas definem o segmento de entrada no Brasil.

Enquanto isso, os concorrentes locais ainda discutem planos de eletrificação, sem escala, sem cadeia de fornecimento pronta, e com centros de decisão a um oceano de distância. O risco é claro: o mercado brasileiro pode ser dominado por produtos chineses antes que a indústria brasileira tenha tempo de reagir.

Três choques à vista

1. Preço: oconsumidor brasileiro está prestes a descobrir que pode ter um carro elétrico pelo mesmo preço de um carro 1.0 automático a combustão. Isso muda tudo: o pensamento das famílias, das locadoras e das frotas empresariais. O problema? Não muda a velocidade da resposta industrial local.

2. Emprego: a cadeia automotiva representa mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Se os motores a combustão forem substituídos por motores elétricos importados com baixa agregação local, o impacto sobre fornecedores Tier 2 e Tier 3 será imediato. A Anfavea estima a perda de até 150 mil empregos se nada for feito até 2028.

3. Soberania produtiva: sem política industrial clara, o país vira colônia de montagem. E não é só retórica. O risco é virar um consumidor passivo de carros globais, sem tecnologia, sem cadeia nacional, sem inovação, apenas com galpões e notas fiscais.

O dilema de Brasília: abrir o mercado ou proteger a indústria?

O governo acenou com o aumento gradual da alíquota de importação de elétricos para 18% até 2026. Mas essa régua se aplica pouco à BYD, que vai fabricar localmente. O problema não é mais apenas a importação. É a ausência de exigência de conteúdo local, de metas tecnológicas, de compromissos com a cadeia de fornecedores brasileiros.

Enquanto isso, os subsídios públicos que sustentam as montadoras chinesas internamente continuam fortes. Se esses incentivos forem retirados, a China pode viver um colapso automotivo semelhante ao que viveu com o setor imobiliário.
Mas até lá, quem estiver no caminho da avalanche, como o Brasil, pode virar entulho de uma disputa que nem começou por aqui.

O consumidor ganha. A indústria perde?

O brasileiro comum vai se beneficiar no curto prazo: carros mais tecnológicos, com menor custo de uso e preços em queda. Mas o ganho imediato esconde uma bomba-relógio. Sem políticas firmes de nacionalização e proteção inteligente (não protecionismo burro), o país pode destruir uma de suas últimas indústrias completas — do projeto ao acabamento.

O Brasil precisa decidir se quer ser polo de exportação elétrica regional ou mera prateleira de showroom asiático. E essa decisão não é apenas econômica: é estratégica. O futuro não será híbrido. Será elétrico, e a questão agora é: quem vai conduzir e quem vai ficar no porta-malas?

*Coluna escrita por Fabio Ongaro, economista e empresário no Brasil, CEO da Energy Group e vice-presidente de finanças da Camara Italiana do Comércio de São Paulo – Italcam

As opiniões transmitidas pelo colunista são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a opinião da BM&C News. Leia mais colunas do autor aqui.

EnviarCompartilharCompartilharCompartilhar
Celebridades

Jared Leto, o astro de Hollywood que virou ícone da música e dos negócios

13 de setembro de 2025
Educação

IFRJ abre especialização gratuita em Educação e Direitos Humanos com inscrições até setembro

13 de setembro de 2025
Economia

Novo salário mínimo 2026 anima trabalhadores! Confira o valor

13 de setembro de 2025
Carros

O ranking dos carros chineses mais vendidos do Brasil! BYD e GWM dominam

13 de setembro de 2025
  • MENU
  • Anuncie na BM&C NEWS
  • Fale conosco
  • Política de Privacidade
  • Termos de uso
  • Sobre a BM&C NEWS

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • MENU
    • Programação
    • Mercado & Beyond
    • Mercado Internacional
    • Investimentos
    • Economia
    • Economia POP
    • Mercados
    • Opinião
    • Educação
    • Vídeos
  • Anuncie na BM&C NEWS
  • Fale conosco
  • Política de Privacidade
  • Termos de uso
  • Sobre a BM&C NEWS