Com um aporte mínimo de R$ 10 mil e horizonte estimado de 19 meses, a operação Fine Art IV, estruturada pela Hurst Capital com gestão da Artes do Brasil (ARTK), aposta na valorização de obras de arte como alternativa de investimento. O diferencial está na composição do portfólio: são nove obras de quatro artistas com perfis distintos, o que amplia as possibilidades de retorno em diferentes contextos econômicos.
A maior parte do investimento está concentrada em obras do consagrado Luiz Sacilotto, responsável por 52,6% da carteira. Maria Polo, artista reposicionada no mercado, representa 26,6% da alocação, enquanto Walter Levy ocupa 15,3%. Já o artista ultracontemporâneo Bernardo Liu responde por 5,5% do portfólio.
Mesmo com pouco tempo desde o início da operação, uma das obras já foi vendida — e com resultado expressivo. A obra 7, de Bernardo Liu, que representava 1,7% do investimento total, foi negociada com retorno de 2,18% para os cotistas após apenas cinco meses. Isso equivale a uma rentabilidade anualizada de impressionantes 79%, segundo informações da própria ARTK.
O modelo busca equilibrar risco e liquidez por meio da diversificação. Sacilotto, considerado artista “blue chip”, traz estabilidade e reconhecimento internacional. Já os artistas reposicionados e contemporâneos oferecem potencial de valorização em prazos distintos. Além da rentabilidade, o investimento em arte também carrega um valor simbólico e cultural, com base em ativos que têm histórico de valorização média anual entre 8,5% e 9% nos principais índices do mercado, como o Mei Moses e o Artprice100. A imprevisibilidade no prazo de venda das obras ainda é um fator de atenção, mas os primeiros sinais da operação indicam um início promissor.
Luiz Sacilotto: estabilidade e prestígio de um artista blue chip
Parte central da operação Fine Art IV, Luiz Sacilotto é considerado um artista blue chip — termo usado no mercado de arte para designar nomes com alta demanda, reconhecimento internacional e histórico consistente de valorização em leilões. Sua obra tem liquidez consolidada e é vista como investimento seguro, com comportamento semelhante ao de ações de empresas consolidadas no mercado financeiro.
Com uma trajetória iniciada na década de 1950, Sacilotto participou de importantes exposições no Brasil e no exterior, incluindo edições da Bienal de São Paulo, Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), Museu Reina Sofía em Madri e instituições em Paris, Montevidéu e Buenos Aires. Sua produção, marcada pelo concretismo e pela linguagem geométrica, o posiciona como um dos principais representantes da arte construtiva brasileira.
Essa reputação sólida justifica a concentração de mais de 50% do portfólio da operação em obras do artista. A presença de Sacilotto na carteira contribui para conferir segurança e previsibilidade ao investimento, atuando como um pilar de estabilidade dentro de uma estratégia que também aposta em nomes contemporâneos e em fase de reposicionamento no mercado.
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