O Ibovespa encerrou esta terça-feira em leve alta de 0,06%, aos 135.093 pontos, embalado por um novo rali que já acumula sete pregões positivos. Durante o dia, o índice tocou 136.149 pontos e ficou a poucos passos da máxima histórica de 137.469 pontos, reforçando a confiança de que o mercado acionário brasileiro está entrando em uma nova fase de otimismo.
No programa Closing, da BM&C News, o analista CNPI Leandro Martins destacou o peso simbólico desse movimento. “Rompimento de topo histórico é aquele momento em que até o jornaleiro fala de Bolsa. Cria um efeito de manada, traz fluxo para o mercado e muda o comportamento dos investidores.”
Além do apelo psicológico, Leandro reforçou que há fundamentos econômicos claros sustentando o rali. “Com a Selic no teto e a inflação sob controle, o mercado já começa a antecipar cortes. Isso muda o humor do investidor institucional e atrai estrangeiro para o Brasil.”
A queda contínua do dólar também reforça o cenário positivo. Nesta sessão, o dólar comercial caiu para R$ 5,6307, marcando a oitava sessão consecutiva de baixa. “Eu postei isso: o dólar está em queda livre. E isso ajuda muito a economia real e o ambiente de negócios. Dólar fraco, inflação controlada, juro em queda. É a receita da festa no AP”, brincou Leandro, em referência à trilha sonora do programa.
Ações em destaque: de Pão de Açúcar a Clabin
O destaque positivo do pregão foi a alta expressiva de PCAR3, que subiu mais de 14%. Para Leandro, o rompimento gráfico foi decisivo: “Explodiu. Rompeu uma resistência que testava há semanas. O papel foi embora. Quem tem, mantém.”
Já no campo negativo, AZUL4 afundou mais de 10% após perder suporte técnico. “Alertamos na semana passada que se perdesse os R$ 3, ia despencar. E foi o que vimos hoje. O papel está completamente sem sustentação.”
Leandro também chamou atenção para oportunidades setoriais, como Klabin (KLBN11), que rompeu LTB e mostrou reação, e para estratégias de longo/short. “A gente pode pensar em comprar Clabin e vender Suzano, que ainda segue fraca. É uma forma de se proteger do mercado e ainda buscar retorno técnico.”