A semana entre os dias 22 e 25 de abril será mais curta, mas a agenda econômica permanece intensa, com a divulgação de dados relevantes no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. No cenário doméstico, os destaques ficam por conta do IPCA-15 de abril, a arrecadação federal de fevereiro e o balanço da Vale, que será divulgado após o fechamento do mercado na quinta-feira (24).
As bolsas americanas abriram a semana em forte queda, refletindo tensões entre a Casa Branca e o Federal Reserve. O presidente Donald Trump tem pressionado publicamente por cortes mais agressivos nos juros, enquanto Jerome Powell mantém a cautela diante das incertezas econômicas e fiscais. “Esse ruído político entre Trump e Powell gerou um sentimento mais austero nos mercados no início da semana”, diz Francisco Alves, operador de mercado e comentarista da BM&C News.
Nos Estados Unidos, a agenda traz os PMIs preliminares de abril, os dados de vendas de casas novas e usadas, além dos leilões de títulos do Tesouro com vencimentos em 2, 5 e 7 anos. “Essas taxas têm oscilado bastante nas últimas semanas, em meio à preocupação com as tarifas recíprocas e o impacto sobre os yields dos Treasuries”, explica o comentarista.
Na Ásia, a China manteve as taxas de juros referenciais de 1 ano (LPR 1y) em 3,1% e de 5 anos (LPR 5y) em 3,6%. Ao longo da semana, o destaque da região será a decisão de política monetária do Banco da Indonésia, prevista para quarta-feira (23). Ainda na quarta, saem os dados do PMI composto da Alemanha, França, Zona do Euro e Reino Unido, além do Livro Bege do Federal Reserve.
No Brasil, além do IPCA-15 na sexta-feira (25), serão divulgados a arrecadação de impostos e contribuições federais de fevereiro e o INCC-M, índice que mede o custo da construção civil. A semana também marca a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e o acompanhamento de balanços corporativos, com destaque para a divulgação dos resultados da Vale (VALE3) após o pregão da quinta-feira.
Na semana anterior, o Ibovespa subiu 1,54%, mas acumula queda de 0,47% em abril. No ano, o índice avança 7,79%. O dólar comercial recuou 1,44% na semana, enquanto o petróleo encerrou com alta: WTI subiu 4,79% e o Brent, 4,83%. O ouro abril fechou em alta de 0,83%, atingindo US$ 3.086,5 por onça-troy.
Na B3, os investidores estrangeiros retiraram R$ 68,6 milhões no dia 15 de abril. No mês, o fluxo está negativo em R$ 9,80 bilhões, mas ainda acumula saldo positivo de R$ 873 milhões em 2025.