O Benefício de Prestação Continuada (BPC), parte da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), é uma importante ferramenta de apoio para pessoas em situação de vulnerabilidade no Brasil. Em 2025, o cenário para os beneficiários do BPC sofreu alterações significativas, gerando preocupação entre os cidadãos que dependem desse auxílio. As mudanças nas regras de concessão e manutenção do benefício trouxeram novas exigências e critérios que podem impactar diretamente a vida de milhares de brasileiros.
Entre as principais mudanças, destacam-se a revisão obrigatória do Cadastro Único e a necessidade de documentação atualizada. Essas alterações visam garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa, mas também impõem desafios adicionais para os beneficiários, que devem estar atentos para evitar a suspensão ou o bloqueio dos pagamentos.
Quem tem direito ao BPC e quais são os critérios?
Apesar das mudanças, os critérios básicos para receber o BPC permanecem inalterados. O benefício é destinado a pessoas com 65 anos ou mais que vivem em situação de pobreza, bem como a pessoas com deficiência de longa duração, seja ela física, mental, intelectual ou sensorial. A renda familiar per capita deve ser de até 25% do salário mínimo. O valor do benefício continua sendo equivalente a um salário mínimo mensal. É importante ressaltar que, embora o BPC seja administrado pelo INSS, ele não é uma aposentadoria e não requer contribuição previdenciária.

Quais são as novas exigências para manter o BPC?
Com as novas regras implementadas em 2025, o governo federal reforçou as exigências para a manutenção do BPC. Entre os principais pontos, destaca-se a obrigatoriedade de um laudo médico atualizado para pessoas com deficiência, que deve ser emitido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por uma unidade conveniada. Além disso, a revisão do Cadastro Único a cada dois anos tornou-se obrigatória, e a não atualização pode resultar no bloqueio do benefício.
Outra mudança significativa diz respeito aos critérios de renda. A partir de agora, aposentadorias e pensões de até um salário mínimo, bem como rendas de aprendizes, foram excluídas do cálculo da renda familiar per capita. Essas alterações, embora visem ampliar o acesso ao benefício, também tornaram o processo mais rigoroso e burocrático.
Como os beneficiários podem superar os novos desafios?
Os beneficiários do BPC enfrentam novos desafios para manter o auxílio. Muitas pessoas relatam dificuldades práticas, como a falta de acesso ao SUS para obter o laudo médico exigido e a desinformação sobre os prazos de atualização do Cadastro Único. Além disso, há confusão sobre o que deve ou não ser incluído no cálculo da renda per capita. Essas barreiras aumentam o risco de cortes indevidos ou atrasos na análise de novos pedidos, comprometendo a sobrevivência de quem depende exclusivamente do benefício.
O que fazer para não perder o BPC em 2025?
Para evitar a suspensão do pagamento do BPC, especialistas recomendam algumas ações principais. Primeiramente, é essencial atualizar o Cadastro Único antes do prazo, procurando o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) com documentos atualizados de todos os membros da família. Além disso, é importante organizar os laudos médicos, especialmente no caso de deficiência, garantindo que estejam válidos e detalhados.
Por fim, é fundamental acompanhar a situação pelo aplicativo ou site Meu INSS, que são os canais oficiais para verificar pendências e datas. Caso o benefício seja cortado, é crucial identificar o motivo o quanto antes e reunir a documentação necessária. Em alguns casos, será preciso passar por nova perícia ou apresentar atualização cadastral para restabelecer o benefício.