O número de brasileiros com mais de 60 anos deve crescer exponencialmente até 2060, segundo o IBGE. Esse novo perfil etário levanta um questionamento cada vez mais comum: como garantir a segurança dos motoristas idosos nas ruas e rodovias do país? Embora não exista uma idade máxima para dirigir no Brasil, a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) se torna mais criteriosa à medida que o condutor envelhece. Exames de saúde frequentes ajudam a garantir que a pessoa mantenha condições adequadas para dirigir.
Como funciona a renovação da CNH para idosos?
O processo de renovação da CNH varia conforme a idade do motorista:
- Menores de 50 anos: renovação a cada 10 anos
- Entre 50 e 70 anos: renovação a cada 5 anos
- A partir dos 70 anos: renovação obrigatória a cada 3 anos
Essa redução no prazo permite um acompanhamento mais atento da saúde física e mental dos condutores mais velhos. Durante a renovação da CNH, são realizados exames de visão, audição, coordenação motora e funções cognitivas por profissionais credenciados pelo Detran para garantir que mantenham condições adequadas para manter a CNH.
Caso algum comprometimento seja identificado, o prazo para a nova renovação pode ser ainda menor, dependendo da gravidade da condição.
Quais são os sinais de que é hora de parar de dirigir?
Com o avanço da idade, reflexos, atenção e memória podem sofrer alterações. Alguns sinais de alerta incluem:
- Dificuldade em manter o ritmo do trânsito
- Desorientação em trajetos familiares
- Reações lentas diante de imprevistos
- Pequenos acidentes ou colisões frequentes
Essas mudanças aumentam o risco de acidentes e indicam que o momento de parar pode estar próximo. Em muitos casos, a família precisa agir com empatia e diálogo para ajudar o idoso a reconhecer essas limitações.

Do volante para novas formas de mobilidade
Deixar de dirigir pode ser um processo emocionalmente difícil, pois simboliza perda de autonomia. Nesse momento, o apoio da família é fundamental para indicar alternativas seguras de locomoção.
Aplicativos de transporte, caronas solidárias, transporte público adaptado e até serviços comunitários de mobilidade são boas opções. O importante é garantir a mobilidade do idoso após abrir mão da CNH, oferecendo alternativas de transporte seguras e acessíveis.
Segurança em primeiro lugar: o papel da família e da sociedade
O envelhecimento é inevitável, mas o cuidado com a segurança deve ser constante. Avaliações médicas regulares e conversas francas sobre os riscos são essenciais para evitar tragédias.
Manter o idoso ativo e incluído, mesmo sem a direção, é uma forma de preservar sua autoestima e garantir sua segurança — e a de todos no trânsito, especialmente com a renovação da CNH sendo mais criteriosa.