O Banco do Brasil (BBAS3) segue como uma das apostas mais sólidas no setor financeiro brasileiro, segundo análise de Marco Saravalle, CIO da MSX Invest, em entrevista à BM&C News. A ação, que hoje gira em torno de R$ 27, pode chegar a R$ 41, conforme projeção da XP Investimentos — o que representa um potencial de valorização de quase 50%, além de ser pagadora de dividendos.
Saravalle reforçou que concorda integralmente com o relatório da XP, destacando que o Banco do Brasil mantém um desempenho consistente, com retorno sobre patrimônio superior ao custo de capital, mesmo sendo negociado abaixo do seu valor patrimonial. “Existe uma certa dose de previsibilidade, o risco tende a ser menor e as oscilações também“, afirmou.
Banco sólido e dividendos
A análise ressalta que, apesar das oscilações do mercado e dos desafios do setor agropecuário — que tem grande peso na carteira do Banco do Brasil —, os riscos já estão precificados. “Se não tivermos nenhum grande problema, está tudo no preço”, disse Saravalle, que citou ainda projeções do próprio banco, que trabalha com um cenário conservador de crescimento próximo a zero, e um cenário otimista de expansão de lucro na casa de 7% a 9%.
Na visão da XP, mesmo em cenário moderado, o Banco do Brasil pode ver o lucro líquido crescer cerca de 4%, o que, somado à distribuição de dividendos, fortalece a tese de investimento no papel.
Dividendos reforçam atratividade para investidores
Outro ponto de destaque é a política de proventos do banco estatal. “O Banco do Brasil distribui oito vezes ao ano, quase uma vez por mês“, destacou Saravalle. As projeções da MSX indicam um dividend yield na faixa de 12% a 13%, o que ajuda a segurar as oscilações do papel, oferecendo fluxo constante de renda ao investidor.
Para o CIO da MSX Invest, no cenário atual de incerteza global e volatilidade das commodities, a busca por ativos com maior previsibilidade torna o Banco do Brasil uma opção estratégica. “Acho que o investidor deveria estar aumentando sua posição em bancos, e o Banco do Brasil está entre as nossas preferências na Bolsa“, concluiu Saravalle.