Ouro Preto, em Minas Gerais, é amplamente conhecida por sua arquitetura colonial, ladeiras históricas e papel fundamental na história do Brasil. Mas o que muitos não imaginam é que a cidade vem passando por uma transformação silenciosa e estratégica: ela está se posicionando como um polo de economia criativa e desenvolvimento sustentável, sem abrir mão de seu patrimônio cultural.
Hoje, Ouro Preto prova que tradição e inovação podem caminhar juntas.
A força da economia criativa nas montanhas de Minas
Em 2025, Ouro Preto deu um passo importante ao oficializar sua candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria Artes Populares e Artesanato. A proposta não é apenas simbólica — ela reflete um plano estruturado para integrar a economia local com sua rica herança cultural, através de um modelo baseado em inclusão, geração de renda e empreendedorismo criativo.
Além disso, a cidade lançou o primeiro Plano Municipal de Economia Criativa de Minas Gerais, com metas claras para apoiar artesãos, produtores culturais e iniciativas de base comunitária. O plano visa transformar a cultura em vetor de desenvolvimento social e econômico.
A confirmação da candidatura pode ser conferida diretamente no site da Prefeitura de Ouro Preto.
Cultura e sustentabilidade: um modelo de cidade patrimonial moderna
Ouro Preto tem adotado práticas que preservam seu patrimônio histórico sem deixar de olhar para os desafios contemporâneos. Projetos de revitalização urbana têm incorporado ações de sustentabilidade, como reuso de materiais, incentivo à mobilidade não motorizada e proteção de encostas.

A cidade abriga dezenas de museus, centros culturais e espaços educativos que vão além da conservação — eles atuam como agentes formadores de uma nova mentalidade cidadã, onde cultura, meio ambiente e inovação andam lado a lado.
Projeção internacional e valorização do território
Caso seja reconhecida pela UNESCO, Ouro Preto passará a integrar uma rede global de cidades que usam a criatividade como motor para o desenvolvimento sustentável. Essa conexão internacional pode impulsionar parcerias, eventos, intercâmbios culturais e investimentos em infraestrutura voltada ao turismo responsável.
Mas mesmo antes do selo oficial, a cidade já atrai olhares por sua estratégia inteligente: apostar na cultura como capital simbólico e econômico, valorizando o que é local para se projetar no mundo.