Entre tiroteios, perseguições, zonas de guerra e territórios dominados por facções, algumas cidades nos videogames ganharam fama por serem intensas, caóticas e perigosas. Mas o que poucos sabem é que muitas dessas ambientações foram inspiradas em lugares reais — com seus próprios desafios sociais, históricos e geográficos.
Neste artigo, listamos as cidades mais perigosas dos games e revelamos quais localidades do mundo serviram de base para essas versões digitais repletas de ação e tensão.
Los Santos (GTA V) — Inspirada em Los Angeles (EUA)
Apesar do nome fictício, Los Santos é uma representação clara de Los Angeles, incluindo suas zonas periféricas, áreas ricas e regiões dominadas por gangues. A cidade oferece uma ambientação urbana onde o crime é parte da dinâmica de gameplay.
Kamurocho (Yakuza) — Inspirada em Kabukicho, Tóquio (Japão)
Kamurocho é fictícia, mas sua base é o distrito de Kabukicho, conhecido pela vida noturna agitada e conexões com a máfia japonesa. Em Yakuza, o jogador mergulha em tramas de crime organizado e disputas territoriais.
City 17 (Half-Life 2) — Inspirada em cidades do Leste Europeu
City 17 tem ares de ditadura e ruína pós-guerra, com arquitetura brutalista e atmosfera opressiva. A Valve já declarou que cidades como Sofia (Bulgária) e Budapeste (Hungria) serviram de referência.
Rapture (BioShock) — Com ecos de Nova York e Chicago
Rapture é uma cidade subaquática distópica, mas carrega traços de metrópoles americanas dos anos 40 e 50. A decadência moral e social retratada remete a temas reais de desigualdade e abuso de poder.
Arkham City (Batman: Arkham City) — Baseada em Gotham, que se inspira em Nova York
Gotham é uma versão estilizada de Nova York. Em Arkham City, a região isolada da cidade é tomada por criminosos, e o jogador precisa sobreviver em meio ao caos.

Medellín (Call of Duty: Modern Warfare II) — Representa a Colômbia dos cartéis
Embora o nome não seja usado diretamente, algumas missões de Modern Warfare II se passam em regiões montanhosas e urbanas inspiradas na Colômbia dos anos 80 e 90, quando os cartéis dominavam cidades como Medellín.
Rio de Janeiro (Call of Duty: MW2, Rainbow Six Siege)
O Rio aparece em cenários de guerra urbana, com favelas densas e missões de combate intenso. Embora polêmica, a representação chamou a atenção do mundo para a dinâmica social da cidade.
O que essas cidades digitais nos dizem sobre o mundo real?
Esses jogos utilizam a violência e o caos urbano para criar desafios, mas também refletem, de forma crítica ou exagerada, problemas que existem fora das telas: desigualdade, corrupção, exclusão e insegurança.
A escolha de ambientações perigosas não é à toa: elas potencializam a narrativa, aumentam a tensão e criam espaços complexos para o jogador interagir.