A Volkswagen confirmou a chegada da nova geração da Amarok na América do Sul. Com um investimento de US$ 580 milhões (R$ 3,3 bilhões), o projeto Patagonia garantirá a produção da picape na fábrica de General Pacheco, na Argentina, a partir de 2027.
Enquanto outros mercados já receberam a nova Amarok desenvolvida em parceria com a Ford Ranger, a versão sul-americana seguirá um caminho diferente. A picape trocará a plataforma utilizada desde 2010 por uma nova estrutura, baseada na chinesa Maxus T90, fruto da joint venture entre Volkswagen e Saic.
Mesmo com a mudança de base, a Volkswagen assegura que a Amarok terá um design exclusivo e engenharia própria para atender às exigências do mercado sul-americano. A primeira geração seguirá em produção até a chegada do novo modelo.
Plataforma chinesa trará mudanças estruturais para a nova Amarok
A nova Amarok será construída sobre a plataforma da Maxus T90, picape desenvolvida pela Saic na China. A Volkswagen, no entanto, afirma que aproveitará apenas a base estrutural, enquanto o design e os ajustes mecânicos serão feitos pela equipe de engenharia da América do Sul.
O modelo chinês possui porte avantajado, o que sugere que a Amarok de segunda geração será uma das maiores do segmento:
- Comprimento: 5,37 metros
- Entre-eixos: 3,16 metros
- Largura: 1,90 metros
- Altura: 1,85 metros
Essas dimensões a tornam maior que uma Toyota Hilux e próxima da Ford Ranger, aumentando a competitividade no segmento de picapes médias.
Além das mudanças estruturais, a nova Amarok pode adotar um sistema de tração 4×4 sob demanda, abandonando a tradicional tração integral permanente, uma das principais queixas dos donos da geração atual.
Motorização pode manter o V6 e receber opção híbrida
A Volkswagen ainda não revelou oficialmente as motorizações da nova Amarok, mas algumas informações já circulam nos bastidores. A tendência é que o motor V6 turbodiesel de 258 cv e 59,1 kgfm de torque continue disponível, com o câmbio automático de oito marchas da ZF.
Além disso, versões mais acessíveis podem contar com um motor 2.0 turbodiesel de quatro cilindros, com possibilidade de câmbio manual de seis marchas.
Uma das grandes novidades será a introdução de uma versão híbrida, conforme já antecipado pelo sindicato dos metalúrgicos da região de Buenos Aires. A Volkswagen ainda não detalhou como será essa motorização, mas a tendência é que utilize tecnologia híbrida leve ou plug-in para reduzir consumo e emissões.
Tecnologia avançada e itens de segurança esperados na nova Amarok
A adoção da plataforma da Maxus T90 pode trazer melhorias significativas na eletrônica e nos equipamentos da Amarok sul-americana. Na China, a arquitetura da Maxus permite recursos como:
- Reconhecimento de voz
- Estacionamento por controle remoto
- Pacote Adas com frenagem autônoma de emergência
- Controle de cruzeiro adaptativo (ACC)
- Assistente de permanência em faixa
Caso esses equipamentos sejam mantidos, a Amarok 2027 poderá elevar o nível de segurança e tecnologia no segmento de picapes médias.
Além disso, a suspensão traseira deve passar por mudanças, substituindo o tradicional eixo rígido com feixe de molas por um conjunto mais moderno, melhorando o conforto e a dirigibilidade.
Volkswagen Amarok 2027 promete mais sofisticação e versatilidade
A nova geração da Volkswagen Amarok será um divisor de águas para a marca na América do Sul. Com a produção confirmada para 2027, a picape promete combinar robustez, tecnologia e novas opções de motorização, incluindo uma versão híbrida inédita.
A estratégia da Volkswagen busca evitar os erros da Fiat Titano, que enfrentou resistência no Brasil por ser uma picape chinesa com poucas mudanças. O design da Amarok será assinado pelo brasileiro José Carlos Pavone, garantindo uma identidade própria para o modelo.
Enquanto a nova geração não chega, a primeira Amarok seguirá em produção normalmente, garantindo oferta para os consumidores até a transição definitiva para o novo modelo. A expectativa é que, com a nova base, a Amarok se torne uma das picapes mais sofisticadas do mercado sul-americano.
