Com os Estados Unidos enfrentando um cenário de incerteza crescente, especialistas estão atentos aos indicadores econômicos que podem sinalizar uma recessão nos próximos anos. A economista Andressa Durão, do ASA, aponta que há sinais importantes que indicam uma desaceleração, mas ainda é difícil afirmar que estamos à beira de uma recessão. A seguir, vamos explorar os principais fatores que podem afetar não apenas a economia americana, mas também os mercados emergentes, como o Brasil.
Sinais de recessão nos EUA: O que os indicadores mostram?
De acordo com a economista, “o principal indicador econômico que aponta para uma possível recessão é o alto nível do Índice de Incerteza da Política Econômica, que está em patamares semelhantes aos observados em momentos de crise, como a pandemia e a crise financeira de 2008″. Esse aumento da incerteza é, segundo Durão, um dos principais sinais que sugerem uma desaceleração, embora a recessão ainda não seja uma realidade concreta.
Embora dados qualitativos de pesquisas regionais nos Estados Unidos sugiram uma desaceleração econômica, Durão acredita que ainda é cedo para tirar conclusões definitivas: “ainda é difícil identificar o que é só ruído“. destaca Andressa Durão.
Impactos da guerra comercial com a China
A guerra comercial entre os EUA e a China, seguem no radar. As tarifas impostas aos produtos importados aumentaram os preços e pressionaram a inflação. Andressa Durão destaca que o impacto imediato dessas tarifas é o aumento dos custos de produção.
Além disso, Durão observa que a redução no volume de comércio com a China e outros parceiros comerciais impacta negativamente o crescimento do PIB dos EUA. “A incerteza gerada por essas medidas também afeta a confiança de investidores e consumidores, aumentando a volatilidade dos mercados.“, afirma a economista.
Possíveis efeitos de uma recessão nos EUA para a economia global
Caso os EUA realmente entrem em recessão, as repercussões para a economia global seriam profundas. Uma recessão americana causaria instabilidade nos mercados financeiros globais, levando a um movimento de “risk off”. “Esse cenário levaria os investidores a buscarem ambientes mais seguros, reduzindo a exposição a ativos mais arriscados.“