Em tempos de busca por cidades mais humanas, sustentáveis e inteligentes, alguns municípios brasileiros têm se destacado pela forma como tratam seus espaços públicos. Muito além de estética, a arquitetura e o urbanismo têm sido usados como ferramentas de inclusão social, inovação e bem-estar.
Curitiba (PR): urbanismo que virou modelo mundial
Quando se fala em urbanismo inteligente no Brasil, Curitiba é referência. A capital paranaense foi pioneira ao implantar o sistema de BRT (Bus Rapid Transit), que inspirou cidades em mais de 150 países. Mas não para por aí: Curitiba investe pesado em áreas verdes e mobilidade sustentável, com mais de 50 parques e jardins e programas de incentivo à agricultura urbana.
Em 2025, Curitiba foi listada pela Lonely Planet como uma das 10 cidades mais interessantes para visitar no mundo, justamente por suas soluções urbanas e compromisso com a sustentabilidade.
Rio de Janeiro (RJ): Porto Maravilha e transformação urbana
No coração da capital fluminense, o projeto Porto Maravilha transformou a zona portuária, antes degradada, em um novo polo cultural e turístico. O Museu do Amanhã, ícone da arquitetura contemporânea, é símbolo dessa nova fase da cidade — que aposta em urbanismo como ferramenta de requalificação social.
Além da infraestrutura, o projeto inclui moradia, transporte e preservação da memória histórica da região.
Passo Fundo (RS): praças como instrumentos de cidadania
No interior do Rio Grande do Sul, Passo Fundo tem mostrado que pequenas e médias cidades também podem inovar. A criação e requalificação de parques urbanos estão no centro das políticas de transformação social e ambiental da cidade.

Esses espaços são mais do que lazer: são pontos de convivência, cultura e segurança pública. O ArchDaily Brasil destacou a cidade como exemplo de como o planejamento urbano pode regenerar tecidos sociais.
Florianópolis (SC): o Centro Sapiens e a criatividade urbana
Em Floripa, o destaque é o projeto Centro Sapiens, que propõe a revitalização do centro histórico por meio da economia criativa. O objetivo é transformar áreas degradadas em um ecossistema de inovação, cultura e empreendedorismo.
O projeto é parte de uma estratégia maior que envolve universidades, startups e o setor público. A UFSC destaca essa experiência como um “case” de urbanismo regenerativo com base no conhecimento.
Santos (SP): calçadões, ciclovias e valorização do espaço público
Com forte tradição em planejamento urbano, Santos tem investido na reurbanização de praças, ciclovias e áreas de convivência. Os projetos integram mobilidade, segurança e acessibilidade, criando uma malha urbana mais integrada e convidativa.
A cidade aposta em uma abordagem que valoriza a orla, mas também as áreas centrais e periféricas, garantindo o direito à cidade para todos.