Muito além dos centros urbanos, uma revolução silenciosa está acontecendo nas periferias brasileiras. Por meio da economia criativa, diversas comunidades estão sendo transformadas — gerando renda, autoestima e inclusão social. Em 2025, esse movimento ganhou ainda mais força com políticas públicas, coletivos culturais e empreendedores periféricos.
Cultura, arte e empreendedorismo como ferramenta de transformação
A economia criativa engloba atividades que geram valor por meio da criatividade, como música, moda, design, audiovisual e gastronomia. Nas periferias, ela se tornou sinônimo de resistência e inovação. Projetos como favelas cinematográficas, estúdios de moda urbana e grafiteiras empreendedoras estão mudando a lógica do desenvolvimento local.
São Paulo: o exemplo da periferia empreendedora
Na maior metrópole do país, as periferias paulistanas são referência em produção criativa. Bairros como Capão Redondo, Grajaú e Brasilândia concentram coletivos culturais e startups sociais. A prefeitura criou editais específicos para fomentar empreendimentos criativos nesses territórios.
Salvador: ancestralidade e economia cultural
Salvador transformou sua forte herança afro-brasileira em um ativo econômico. Projetos como o Afrobiz e o Salvador Criativo fomentam negócios ligados à moda afro, música, turismo étnico e gastronomia ancestral, gerando empregos e visibilidade internacional para comunidades periféricas.

Recife: o poder do audiovisual
No Recife Antigo e em bairros periféricos como Ibura e Alto José do Pinho, coletivos audiovisuais transformam histórias locais em curtas premiados e séries para plataformas de streaming. Além de revelar talentos, a produção cultural local movimenta a economia e posiciona a cidade como polo de criatividade do Nordeste.
Impactos sociais e econômicos
A economia criativa tem gerado impactos reais nas periferias: aumento da renda familiar, inclusão de jovens no mercado, fortalecimento da identidade local e redução da desigualdade. Mais do que uma tendência, trata-se de uma estratégia poderosa de desenvolvimento inclusivo.
O Brasil tem na sua diversidade cultural um ativo imenso. E quando essa força criativa encontra oportunidade e investimento, transforma comunidades inteiras — de dentro para fora.